A Comissão de Fórmula 1 da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) está reunida em Genebra, na Suíça, para discutir novas regras e rumos para a categoria. E, segundo a revista inglesa Autosport, foi aprovado o artigo que diz que os pilotos não poderão mais trocar a pintura de seus capacetes a partir da temporada de 2015.
Antes, a possível troca de pinturas para algumas corridas era livre e permitida pela entidade, mas a partir deste ano, os pilotos só poderão usar um modelo por ano, sem trocas. O objetivo da nova regra é ajudar a identificação dos pilotos na TV, criar uma identidade maior com os fãs - o que também acontece com a escolha do número fixo, adotado em 2014 - e ajudar no lado comercial da F1.
"A FIA quer que exista uma estabilidade, para que os fãs identifiquem quem está no carro. O novo fenômeno de pilotos que trocam de capacete em várias corridas não está ajudando.", disse uma fonte da Federação à agência Reuters, antes da publicação da Autosport ser divulgada. Segundo ela, equipes, FIA e o chefe comercial da F1, Bernie Ecclestone, já aprovaram a medida, que ainda precisa ser ratificada pelo Conselho Mundial de Esportes Automobilísticos para que já entre em vigor este ano.
Segundo dados divulgados no site da revista inglesa, o piloto mais destacado pelas trocas de pinturas no casco, o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, já usou desde sua estreia na F1, nos Estados Unidos em 2007, por BMW, Toro Rosso e Red Bull, cerca de 60 desenhos diferentes. No início do ano, mesmo antes da adoção da regra, ele já havia deixado claro que usaria apenas um modelo em 2015.
Pelo Twitter, algumas personalidades das pistas se manifestaram negativamente, como os ex-pilotos Alexander Wurz e Mark Webber - que corre hoje pela Porsche no Mundial de Endurance, o WEC, também organizado pela FIA.
"Ouvi dizer que a F1 baniu os pilotos de mudarem o design do capacete durante a temporada. Eu sou um fã da constância, mas fala sério! O que vem agora, regras nos cortes de cabelo?", disse Wurz. Já Webber, mesmo de forma mais política, também deixou sua crítica. "Existem assuntos mais importantes do que este acontecendo...", disse o australiano.