No Grande Prêmio da Malásia de Fórmula 1 do último domingo (29), a estratégia foi crucial para a vitória de Sebastian Vettel. Logo no começo da corrida, quando Marcus Ericsson rodou e forçou a entrada do safety-car, muitos pilotos entraram nos boxes, incluindo a dupla da Mercedes, Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Enquanto isso, a Ferrari decidiu manter Vettel na pista, e isso acabou culminando na vitória do alemão. Porém, o austríaco Toto Wolff, chefe da Mercedes, não pensa assim. Segundo ele, o ritmo de corrida foi o que realmente determinou a vitória de Vettel no GP.

"É sempre fácil depois que as coisas acontecem dizer que podíamos ter feito isso ou aquilo melhor, mas nós tomamos decisões em conjunto. Nós não tivemos nenhum erro de estratégia nos dois últimos anos, e por isso não faz sentido apontar o problema para um único fato", disse Wolff. "Precisamos descobrir por que estávamos indo mal em stints mais longos nessas condições de maior calor, acho que este deve ser o ponto principal", acrescentou, se referindo ao calor típico da Malásia, que segundo o próprio Vettel, o ajudou na vitória do último final de semana.

"Foi uma corrida complicada no lado dos pilotos. Haviam tantas paradas, seus principais rivais indo para trás, e depois voltando à frente, você precisa dar voltas em alguns carros, e pode perder o controle", acrescentou o austríaco. "Particularmente não nos demos bem com mensagens de rádio. Tivemos algumas chamadas estranhas. Quando há muita ação no rádio internamente, é algo que precisamos olhar", disse ele.

Wolff terminou assumindo que a Mercedes não foi capaz de exercer a dominância que vinha impondo nas corridas anteriores, mas disse que a Mercedes ainda deve melhorar em vários aspectos.

"Acho que se você ver que você não é capaz de alcançá-los, há uma certa frustração que cresce em você. Tivemos uma situação nova, que não tivemos por um bom tempo, de que não estávamos no controle das situações. Hoje as coisas não deram certo da maneira que esperávamos. Ainda podemos melhorar em muitos pontos. É claro que a série de vitórias não iria durar para sempre, mas hoje fomos derrotados de forma justa", complementou Toto Wolff.

Ainda na Mercedes, surgiu na última semana o boato de que Lewis Hamilton está muito perto de fechar um novo contrato com a equipe. A rede de TV britânica BBC, que cobre a Fórmula 1 na Inglaterra, informou que o campeão de 2014 deve ter sua renovação com a equipe alemã confirmada ainda esta semana.

"Sinceramente, está 99,6% fechado. Não há nenhuma negociação a mais, apenas alguns detalhes pendentes", disse o jornalista da BBC Andrew Benson. Também segundo a rede de TV, Hamilton deve manter seu salário na casa de US$ 31 milhões por ano, mas com bônus por desempenho, esse número pode chegar a US$ 40 milhões. Assim, ele poderá se aproximar em cifras de dois de seus maiores rivais na F1: Fernando Alonso, que também receberá US$ 40 milhões anuais em um contrato de três anos com a McLaren-Honda, e Sebastian Vettel, que segundo a BBC, que cita "grandes fontes", receberá US$ 50 milhões na primeira temporada com a Ferrari, com mais US$ 30 milhões garantidos por ano a partir de 2016, sem contar os prêmios extras pelo desempenho.

Toto Wolff já havia comentado sobre a situação no início do mês passado. "Não tenho dúvidas de que do jeito que estamos, chegaremos normalmente a um acordo. Não existe pressão para que isso aconteça amanhã, mas preferimos que isso aconteça mais cedo do que tarde. Temos que confiar uns aos outros. Pode-se dizer que se isso acontecer, tudo dará certo. Se as coisas não acontecem, não acontecem. Mas eu ficaria muito surpreso se fosse em uma direção que não esperamos a que seja", disse Wolff.