Stephen Curry, sua família e o Golden State Warriors são figurinhas carimbadas no Reboot Float Spa, em San Francisco, Califórnia. Durante sua estadia no lugar, com a esposa Ayesha Curry e o companheiro de equipe Harrison Barnes, na noite de Ação de Graças, o armador de 27 anos concedeu uma entrevista para a Revista ESPN norte-americana, a qual deverá ir às bancas apenas no dia 11 de dezembro, mas pode ser verificada pela internet.

Na entrevista, Curry comentou o grande momento dos Warriors, sua grande fase pessoal como armador da equipe e as possibilidades de mais quebras de recordes. Sobre o momento da franquia, com foco em suas funções, Curry elogiou o trabalho de Steve Nash, atual membro da comissão técnica da franquia e ídolo que o inspirou desde sempre. “Uma coisa que ele me ensinou foi que você sempre tem uma saída. Em situações de pick-and-roll, quando você tem que tomar a decisão, você sempre tem uma saída. Isso também me encoraja a jogar no nosso (Warriors) tempo. Você pode jogar com velocidade, mas sem pressa. Como armador, eu posso ditar esse ritmo”, disse o MVP da última temporada regular.

Sobre a trajetória vitoriosa da equipe californiana, Curry enfatizou a satisfação do time em jogar o jogo. “Para a gente, é tudo sobre o que estamos fazendo e não contra quem estamos jogando. Quando estamos nos divertindo, jogando uma partida do jeito que queremos jogar, essa é a chave para nossa equipe. Para a gente, a diversão produz a vitória, que, ironicamente, é divertida“, completou o armador.

Sobre os recordes que podem ser quebrados nesta temporada, Curry comentou a possibilidade de bater as 33 vitórias consecutivas dos Lakers na temporada 1971/1972. “Por que não? Seria um feito maravilhoso. Nesse sentido, não queremos acelerar as coisas. Como no início, ninguém pensava nisso até o 12º jogo. Tem muita coisa no meio disso tudo”. Sobre bater a temporada de 72 vitórias dos Bulls de 1995/1996, “Chef” Curry foi cauteloso. “Sim, mas temos que fazer do jeito certo. Queremos continuar melhorando e estar no nosso melhor em meados de Abril. Se não conquistarmos o campeonato, de que servem 73 triunfos?, disse o armador.

Técnico dos Warriors e presente como jogador naquele time de Chicago, Steve Kerr sempre compra a comparação entre as duas equipes, algo que Curry prefere ficar de fora. “É difícil comparar os times. Eu os acompanhei desde pequeno, mas Coach Kerr sabe como eram Jordan e Pippen e mesmo ele fala que é um debate impossível. Talvez Ron Harper e eu nos trancaríamos em uma sala e discutiríamos isso”, desconversou Steph.

Porém, quando questionado sobre a possibilidade de ter Michael Jordan em sua marcação em uma hipotética posse decisiva de uma partida, Stephen Curry não teve dúvidas. Da direita para a esquerda, step back. Eu acertaria a cesta”. Com tanta confiança, Curry não escondeu seu sentimento sobre ser o melhor jogador em atividade. Quando estou em quadra, acredito que sou (melhor do mundo), com certeza. Não fico naquela de por que sou melhor do que este ou aquele jogador. Mas é a minha motivação para o trabalho”, complementou.

Perguntado sobre a vontade de superar Michael Jordan como o melhor de todos os tempos, Curry finalizou a entrevista com a The Mag, revista da ESPN. “Sim. Por qual outra razão eu estaria jogando? Você quer ser o melhor que pode. Se isso pode ser melhor do que o que ele (MJ) foi, então por que não? Isso é uma grande motivação”, afirmou Steph.