Neste sábado (14), o Grupo da Morte da Copa do Mundo começou a ser disputado. No Castelão, em Fortaleza, Uruguai e Costa Rica se enfrentaram sob forte calor. Sentindo a falta de seu principal jogador, Luis Suárez, que começou no banco pois se recupera de uma lesão no menisco, os uruguaios saíram na frente, mas na segunda etapa cederam a virada aos costarriquenhos. Os gols da partida foram marcados por Cavani, para o Uruguai, e Joel Campbell, Oscar Duarte e Ureña, para a Costa Rica.

Com Suárez no banco, Oscar Tabárez optou por recuar a equipe para o início do confronto e entrou com Diego Forlán em um papel mais recuado, além de aproveitar o oportunismo do meio-campista Stuani, que frequentemente marca gols. Com mais homens no meio-campo, a Celeste Olímpica priorizou o controle de bola durante toda a partida.

Inferior tecnicamente, a Costa Rica preferiu utilizar um estilo de jogo mais defensivo e ousar nos contra-ataques. A seleção costarriquenha aproveitou a velocidade de seus atacantes, além de insistir nas bolas alçadas na área. Na primeira etapa, sem efeito, mas no tempo complementar os centro-americanos conseguiram aproveitar a oportunidade e converteu em uma vitória.

Com a vitória, a Costa Rica larga na frente do Grupo da Morte e coloca o Uruguai em situação muito desconfortável. Os costarriquenhos encaram a Inglaterra na próxima rodada, no dia 20, sexta-feira, na Arena Pernambuco às 13h. Já o Uruguai volta a campo contra a Itália, no dia 19, quinta-feira, às 16h, em busca da reabilitação.

Sem criatividade, Uruguai aproveita pênalti

A primeira etapa não foi como o planejado para o Uruguai. Apesar de possuir superioridade no meio-campo, os comandados de Oscar Tabárez não conseguiram impor o ritmo de jogo que o treinador pediu. Com pouca criatividade, a Celeste abusou de chutões sem rumo para o ataque.

Apesar da clara inferioridade técnica, a Costa Rica começou mandando na partida. Os costarriquenhos aproveitaram as falhas uruguaias e exploraram os ataques pelas laterais, mas não conseguiram aproveitar as oportunidades que tiveram.

Ainda com erros, o Uruguai conseguiu recuperar a posse de bola e tentar jogadas mais ofensivas, mas a falta de criatividade implicou em poucas oportunidades também. No entanto, em falta cobrada pela esquerda, Diego Lugano foi puxado na área e o juiz marcou pênalti. Edinson Cavani foi pra cobrança e converteu, dando a vantagem uruguaia no primeiro tempo.

Surpresa e virada costarriquenha

A segunda etapa começou totalmente diferente. Com o Uruguai ainda cometendo erros, a Costa Rica começou a atacar mais, principalmente pelo lado direito de ataque, e causou perigo diversas vezes à meta uruguaia.

A insistência dos comandados de Pinto funcionou. Aos oito minutos, Christian Gamboa cruzou para Joel Campbell que dominou e finalizou no canto de Muslera, que nem se mexeu no lance. O empate mudou o patamar do jogo, que aumentou ainda mais os erros defensivos da Celeste.

Não demorou para a virada acontecer. Com muita pressão, os costarriquenhos tomaram o controle da partida e quatro minutos após empatar conseguiram a virada. Christian Bolaños cobrou falta para a área e Oscar Duarte mergulhou de peixinho no contrapé de Muslera, que novamente ficou parado no lance. O gol desmoronou ainda mais o Uruguai, que não conseguiu mais utilizar sua vantagem técnica.

Oscar Tabárez, tentando mudar o resultado, fez modificações, mas não utilizou Suárez. As alterações pouco mudaram no Uruguai, que pressionou bastante no final do confronto, mas não o suficiente para evitar a derrota. Para definir a vitória da Costa Rica, aos 40 minutos, Ureña, que entrou três minutos antes, marcou o terceiro gol costarriquenho e confirmou a primeira zebra da Copa do Mundo. A última pixotada uruguaia ocorreu no último minuto da partida, quando Maxi Pereira, em disputa de bola na lateral, chutou o atacante Joel Campbell e levou cartão vermelho direto, ficando de fora da partida contra Itália.