Se a vitória por 2 a 1 fora de casa contra o West Ham representa uma luz no fim do túnel para a temporada do Manchester United, para Louis Van Gaal as coisas parecem muito diferentes. O treinador em declarações para a impreensa resolve não esconder o jogo e dizer o que pensa neste momento em que está a menos de dois meses de um provável fim de vínculo.

A vitória foi um resultado trabalhoso para o time manchesteriano, que foi obrigado a cortar um dobrado para desclassificar o embalado mandante comandado por Slaven Bilic no Boleyn Ground. Com o resultado os red devil avançam para a fase semi-final da FA Cup, única chance de título do clube após dois anos sem levar um caneco para sua sala de troféus.

"Não é importante para mim, é importante para o clube, para os jogadores e para o time", comenta o holandês. "Eu disse que queria um título e estou muito feliz, mas isso é muito importante para o clube".

Ao que completa sobre sua sede de títulos: “Eu quero vencer um título na Inglaterra porque venci títulos em cada país. Mas eu não sou importante. O clube é importante e os jogadores são importantes". “Faço meu trabalho, faço meu melhor e em todo lugar que trabalhei, venci algo. Uma série de coisas mudaram em todos os clubes aonde trabalhei e por causa disso estou aqui, fui selecionado não por ser um técnico qualquer”, desabafa.

Claro que o treinador não pode deixar de falar sobre a estrela em ascenção de seu atual time, Marcus Rashford: “Ele é muito focado em seu trabalho e admiro [isso] quando se é tão jovem e chamando atenção agora. Ele está marcando tantos gols importantes, mas podemos lidar com essa atenção por conta de seu foco". "Quando você tem críticas, ele consegue lidar também, ele consegue dizer: 'sim, treinador, você está certo e tenho que fazer isso'. Acredito que isso seja fantástico porque não são muitos jogadores que podem observar seu auto-retrato em campo", elogia a conduta do talentoso garoto.

O jovem abriu o placar e Van Gaal não deixa de elogiá-lo: “Foi um grande gol. Eu estava atrás dele no banco e vi o panorama, o espaço e o escanteio, então gritei: 'chuta!', mas fazer é muito mais difícil do que dizer. Foi um baita gol e um baita drible. Sempre digo que ele tem que driblar e chutar, ele tem essa qualidade”.

Nós estamos devendo em compostura, às vezes não há motivos para isso. Nós estávamos confortáveis com a bola sob nosso controle. Eles [West Ham] estavam cobrindo o campo mais facilmente que nós, o que pode ser reflexo [da falta] de fisicalidade”, acrescenta em uma auto-crítica a postura de seus selecionados