Na semana passada, em Montevidéu, o Boca Juniors abria o placar contra o Nacional em meados do segundo tempo e encaminhava a sua classificação. O Tricolor, porém, não se deu por vencido: buscou o empate pouco depois e deixou o confronto em aberto. A partida de volta e a definição de quem avança para as semifinais da Copa Libertadores da América ocorrem a partir das 20h15 (horário de Brasília) desta quinta-feira, em La Bombonera.

Para chegar até aqui, os Xeneizes terminaram a fase de grupos com três empates e três vitórias, o que lhes rendeu a ponta da chave 3. Já nas oitavas de final, o time de Guillermo Schelotto garantiu a classificação com dois triunfos sobre o Cerro Porteño: 2 a 1 no Paraguai e 3 a 1 em Buenos Aires.

O Bolso, por sua vez, somou 9 pontos e ficou com o segundo lugar do Grupo 2, fruto de três empates, duas vitórias e uma derrota. Nas oitavas, os comandados de Gustavo Munúa contrariaram as previsões e eliminaram o Corinthians após dois empates (0 a 0 na capital uruguaia e 2 a 2 em São Paulo).

Apenas uma mudança na escalação

O Boca Juniors está longe dos seus melhores dias dentro das fronteiras argentinas. Afinal, os Xeneizes postulam na nona colocação da Zona 2 do Campeonato Argentino, que é composta por outros 14 clubes. No último domingo, lançando mão de uma formação reserva, os portenhos foram superados por 3 a 1 pelo Estudiantes fora de casa e chegaram ao quarto jogo consecutivo sem vitória na competição.

Na ocasião, o gol boquense foi anotado por Andrés Chávez, que pode aparecer entre os titulares na decisão de logo mais. Dessa forma, "El Comandante", como é conhecido, formaria o trio de ataque ao lado de Tévez e Pavón e seria a única mudança em relação ao jogo de ida, em que Carrizo, agora lesionado, integrou o onze inicial.

Entrada de Chávez deve ser a única mudança no Boca em relação ao jogo da ida (Foto: Juan Mabromata/Getty Images)
Chávez deve ser a única peça repetida em relação ao revés contra o Estudiantes (Foto: Juan Mabromata/Getty Images)

Em contraste com o recente desligamento de Dani Osvaldo, a equipe de Guillermo Schelotto ganhou um novo reforço para os próximos compromissos: trata-se de Nicolás Lodeiro. No início de maio, o uruguaio foi submetido a uma cirurgia no menisco do joelho esquerdo. Na última segunda-feira, no entanto, surpreendeu a todos ao participar do treinamento com o restante do elenco. Ainda assim, não foi relacionado para a decisão contra os seus compatriotas.

O bom retrospecto do Nacional em nada intimida os atletas do Boca Juniors. Questionado pela imprensa sobre o bom desempenho dos tricolores jogando fora de casa (os charruas ainda não foram derrotados longe de seus domínios na atual edição da Copa Libertadores), o goleiro Agustín Orión não deixou por menos e também lançou mão de uma estatística: “Eu falo outra estatística já que que você (jornalista) me conta essa: o Boca ainda não perdeu na Libertadores”, disse

"Estamos muito bem, treinando da melhor maneira, com muita confiança e esperando fazer uma grande partida para estar nas semis. Dependemos de nós. Se fizermos uma boa partida, as coisas vão sair bem" arrematou o arqueiro, que completa 200 jogos com a camisa azul e ouro no cotejo contra os uruguaios.

Além dos prováveis titulares, estão concentrados Sara, Tobio, Rolín, Silva, Erbes, Bentancur, Chicco, Carrizo e Palacios.

Entre dúvidas e certezas

Se a fase vivida pelo Boca Juniors não é das melhores, o mesmo não pode ser dito em relação ao Nacional. O Tricolor não perde há seis rodadas e ocupa a terceira colocação do Torneio Clausura. Na última rodada, o Bolso empatou em 2 a 2 no clássico contra o Peñarol e desperdiçou boa chance de subir na tabela, já que os rivais são vice-líderes com dois pontos de vantagem.

Os Charruas chegam na Argentina com duas baixas confirmadas. Titular na ida, Kevin Ramírez sentiu um desconforto e sequer foi relacionado, assim como Cristian Tabó.

Nico López é um dos principais destaques do Nacional na Libertadores (Foto: Nelson Almeida/Getty Images)
Nico López é um dos principais destaques do Nacional na Libertadores (Foto: Nelson Almeida/Getty Images)

A dúvida, assim como na semana passada (quando iniciou entre os titulares e, posteriormente, foi substituído), gira em torno da presença de Nico López. Com desconforto muscular e uma tendinite no joelho, "El Diente" realizou um trabalho diferenciado no treinamento realizado na última quarta-feira. Além disso, a imprensa uruguaia não leva fé na presença do atacante.

Já em solo argentino, o técnico Gustavo Munúa não deu pistas sobre a presença de López: "Já tenho a equipe, mas tem a dúvida de Nicolás, que não sei se vai jogar, se estará no banco de reservas ou se não o teremos. Há chances de que jogue. Vamos ver, eu quero avaliar bem, juntamente com os médicos", comentou. Caso não conte com o atleta, deve optar entre Marcio Benítez e Léo Gamalho.

A possibilidade de o confronto ser decidido na marca da cal, terror de muitas torcidas, não parece assustar em nada o experiente goleiro Esteban Conde: "É bom enfrentar penâltis porque você gera coisas sobre o adversário e ele sabe que posso lidar. Por aqui não há dúvida que isto é bem-vindo para a equipe, mas além disso, você tem que alcançar um resultado específico para alcançar os pênaltis e vamos lá para ganhar o jogo", expressou,