Salomon Kalou, do Hertha Berlin, pode ter colocado a retomada do futebol alemão em jogo. O atacante realizou uma transmissão ao vivo mostrando desprezo pelas medidas adotadas para combater a covid-19.
O marfinense de 34 anos mostrou comprimento de mãos com o companheiro de ataque Vedad Ibisevic, queixou-se do corte salarial e atrapalhou o exame médico de Jordan Torunarigha, que estava sendo testado para o coronavírus nas instalações do clube. Bastante criticado, Kalou excluiu a gravação de sua rede social e lamentou o ocorrido.
"Sinto muito se dei a impressão de que não estou levando o coronavírus a sério. Peço desculpas por isso. Na verdade, é o oposto, porque estou especialmente preocupado com as pessoas na África, porque os cuidados médicos não são tão bons quanto na Alemanha. Eu realmente não pensei e fiquei feliz que nossos testes deram negativo".
A Liga Alemã de Futebol (DFL) repudiou as atitudes tomadas pelo atleta.
“As imagens de Salomon Kalou no vestiários Hertha BSC são absolutamente inaceitáveis. Não há tolerância para isso - também no que diz respeito aos jogadores e clubes que seguem as diretrizes, porque compreenderam a seriedade da situação”.
Die Bilder von Salomon #Kalou aus der Kabine von Hertha BSC sind absolut inakzeptabel. Hierfür kann es keine Toleranz geben – auch mit Blick auf Spieler und Clubs, die sich an die Vorgaben halten, weil sie die Ernsthaftigkeit der Situation erfasst haben.
— DFL Deutsche Fußball Liga (@DFL_Official) May 4, 2020
Por meio de uma nota, o Hertha informou o afastamento do jogador: "Com o vídeo, Salomon Kalou violou as regras internas da equipe e mostrou um comportamento que não é apropriado à situação nem corresponde às regras de conduta do clube".
Michael Preetz, diretor esportivo, ressaltou que a atitude de Kalou coloca em risco a volta da Bundesliga.
"Salomon Kalou não apenas causou muitos danos ao Hertha BSC com seu vídeo, mas principalmente na discussão social atual sobre a retomada do jogo e o papel do futebol profissional, a impressão é de que jogadores individuais não levam a sério o problema do coronavírus".