Campeão da segunda divisão do Catar pelo Al Markhiya SC na última temporada, o preparador físico brasileiro Gustavo Silva falou sobre as possíveis dificuldade do Brasil no próximo mundial e também comentou sobre as estruturas dos estádios da Copa do Mundo, que será realizada no final de novembro de 2022. O brasileiro já visitou sete dos oitos estádios sendo por trabalho ou mesmo assistindo jogos.

“O Catar é um país maravilhoso, desenvolvido e com muita estrutura para uma vida segura e confortável. Tivemos uma Copa Árabe no final do ano passado, onde foram usados quase todos os estádios da copa, que são oito no total. Destes, somente o de Lusail não conheço por ainda não ter sido inaugurado. Além disso consegui ir em alguns jogos e visitei todos eles, além de já ter trabalhado em outros durante a temporada. São fantásticos, climatizados e com uma infraestrutura de tirar o chapéu. O que mais me impressionou foi o Al Bayt. Ele tem forma de uma tenda tradicional no mundo árabe, e dentro dele tem até quartos de hotel, onde pode se ver o jogo também”, disse. 

O Brasil caiu no Grupo G junto com as seleções de Sérvia, Suíça e Camarões. A estreia acontece no dia 24 de novembro, justamente no Lusail Stadium. Depois a seleção brasileira joga no Porto de Doha, no estádio 974, no dia 28 de novembro contra a Suíça e encerra a primeira fase contra Camarões no dia 2 de dezembro, também no Lusail Stadium. Essa será a primeira vez que o mundial será realizado fora do tradicional período entre os meses de maio, junho ou julho por conta da alta temperatura no país nesse período, ponto de alta preocupação por parte da comissão técnica. Gustavo, que já conhece bem o país enfatizou a boa estrutura e as condições de jogo que a nação oferece no período do torneio.

“Os maiores desafios do Brasil na copa serão principalmente a falta de jogos de mais complexidade antes do mundial. Acredito que na primeira fase não será problema, mas depois quando chega oitavas e quartas, os adversários já serão jogos, na minha opinião, de nível igual para igual. Mas em termos de adaptação e estrutura, aqui no Qatar não será um problema. Até porque a maioria dos jogadores jogam na Europa e já estão acostumados a jogar em vários países do mundo”, contou. 

Desde 2008 no país asiático, Gustavo passou pelo Al-Rayyan e atualmente trabalha no Al Markhiya SC, campeão da segunda divisão do país. Hoje preparador, Gustavo teve uma breve carreira como atleta entre o período de 1993 a 1998. Passou pelas categorias Sub-15, 17 e 20 do Botafogo-SP. Em 2001 iniciou sua trajetória na função atual também no clube, onde foi vice-campeão Paulista pelo Botafogo-SP, com uma equipe que tinha atletas como Doni, Leandro e Luciano Ratinho. Todos levados para o Corinthians pelo treinador Vanderlei Luxemburgo após o final do estadual. O profissional também exerceu a função em equipes como o Uberaba-MG, Uberlândia-MG, Itumbiara-GO, Mamoré-MG, Comercial-SP, Olímpia-SP e Olé Brasil-SP. Ele também comentou sobre os planos futuros na carreira.

“Já são quase 15 anos aqui. Tenho planos sim de trabalhar no Brasil ou em qualquer outro lugar, desde que tenha uma estrutura boa para se trabalhar. Sou feliz no meu clube, trabalho como preparador físico a 23 anos, mas gostaria de um dia fazer uma transição para assistente ou até mesmo treinador de algum clube de base ou profissional. Acho que posso contribuir mais com meu conhecimento sobre preparação aliado a parte técnica e tática do futebol. Mas sempre aberto as oportunidades que o mercado oferece”, contou.

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