Alejandro Guerra, de 30 anos é o típico caso de jogador que demorou a estourar na carreira. Vindo de um centro periférico como a Venezuela, o meio-campista precisou de muito tempo para se afirmar na carreira, passando por Caracas, Deportivo Anzoátegui e Mineiros de Guayana. Hoje, no entanto, El Lobo é o grande nome do Atlético Nacional, que visita o Morumbi nesta quarta-feira (6)  no primeiro jogo das semifinais da Copa Libertadores da América, contra o São Paulo.

Talvez um dos principais candidatos ao título de craque da atual Libertadores, Guerra é o cérebro do time colombiano não de hoje. O jogador já teve destaque em diversas campanhas do Atlético desde que chegou ao clube em 2014, ainda comandado por Juan Carlos Osorio, mas foi este ano que enfim assumiu o protagonismo que tanto buscou em sua carreira.

Dono de muita técnica e uma incrível inteligência tática, Guerra dita o ritmo do Atlético Nacional. Atua como meia, como volante e pelos lados, dando opção ao treinador Reinaldo Rueda para abusar as alternativas de Ibarto, Moreno, Copete, Berrío, Ibarrgüen e Macnelly Torres: todos jogadores ofensivos de destaque, mas que vivem na sombra de Alejandro na atual temporada. O camisa 18 vem sendo o grande maestro dessa orquestra, que gosta de propor o jogo independentemente da cancha onde esteja ou a pressão há que for submetida.

'Motor' da veloz transição ofensiva dos colombianos, sendo o elo de ligação entre os volantes passadores do Atlético e os atacantes, arrematando bem de média distância e sendo o grande organizador da equipe, Guerra também é dono de boa chegada ao ataque: marcou três gols na Libertadores e cinco no Campeonato Colombiano. Certamente um perigo para a defesa são-paulina.

Aos 30 anos e finalmente assumindo o protagonismo de uma grande equipe, El Lobo já é cobiçado por times europeus. O camisa 18, no entanto, antes quer coroar o melhor ano da carreira com o título da Copa Libertadores.