No próximo dia 6 de dezembro, na Vila Belmiro, ocorrerão as eleições à Presidência do Santos Futebol Clube. O candidato à presidente do Peixe, Fernando Silva, declarou ao LANCE!Net, que caso eleito presidente do Santos, não estaria presente todos os dias no clube. A declaração foi muito repercurtida entre os outros quatro candidatos e, é claro, de forma negativa, gerando muitas críticas por parte de seus adversários. 

Os outros nomes que pretendem concorrer ao pleito comentaram e opinaram a respeito dessa e de outras declarações.

"Discordo. O Santos tem que ter uma atenção só para ele. Eu, se eleito, pretendo ir todos os dias, dividindo entre Santos e a sub-sede em São Paulo. Tem que trabalhar pelo menos oito horas ao dia", afirmou José Carlos Peres, da chapa Santos Vivo.

"Eu acho que o Santos exige dedicação plena. O tamanho da responsabilidade, no meu ponto de vista, exige isso. Se ele está montando equipe, deve apresentar essa equipe, porque o associado estará votando nessas pessoas também. O Santos precisa ser administrado dia e noite", opinou Modesto Roma, da Santos Gigante.

"Sou contra, tem que estar todo dia no clube, tem que se dedicar todo dia, senão é melhor não estar lá. Não dá para saber o que se passa se não estiver lá todos os dias. Ou ele vai aparelhar o clube, que é o perfil dele. Sou contrário a isso", disse Nabil Khaznadar, da chapa Avança, Santos.

"Particularmente, eu estarei todos os dias no clube, se eleito. Sou servidor público estadual e minha função permite que eu esteja", acrescentou Orlando Rollo da chapa Pense Novo Santos.

Outro ponto da entrevista de Fernando Silva repercutido foi sobre investidores. Segundo o candidato, ele e sua equipe teriam nomes de peso no mercado financeiro, o que poderia ajudar a atrair patrocinadores ao clube.

"Não será fácil atrair investidores. O mercado exige credibilidade. O Santos hoje vai ter dificuldades para isso. O investidor quer saber o que vai ganhar, querem retorno. Tem que pensar em cada centavo gasto, com equilíbrio e critério, isso resulta em credibilidade", pensa José Carlos Peres.

"Temos que ter relações abertas. O clube só não pode ser barriga de aluguel, vitrine, tem que ser um clube que disputa títulos. O Fernando Silva teve relações com o grupo Sonda e depois eles desistiram do futebol", afirmou Modesto Roma.

"Não existe investimentos no futebol brasileiro se não houver grandes projetos. Acho fácil falar, quero ver o plano. Ninguém está conseguindo investimentos tão fácil. Investidores querem algo bem maior do que apenas a marca estampada no uniforme", pontuou Nabil Khaznadar.

"É complicado, os investidores querem que a gente venda a alma do clube. Eu, por exemplo, tenho boa relação com investidores da Arábia Saudita, estive lá representando o Santos em 2010. Acho que temos que trazer investidores palpáveis", concluiu Orlando Rollo.