Com a camisa do Internacional, D’Alessandro alcançou grandes conquistas, como a Copa Libertadores da América, a Recopa Sul-Americana, a Copa Sul-Americana e cinco títulos estaduais. Porém, ainda falta uma conquista de âmbito nacional para coroar a carreira vitoriosa do maestro colorado. O mais cobiçado de dez entre dez colorados é o de campeão brasileiro, feito que o clube gaúcho não alcança desde o longínquo ano de 1979. Comandante da equipe nos últimos anos e nos triunfos nos grenais, o argentino é uma das principais armas para a batalha do Campeonato Brasileiro de 2015.

(Foto: Alexandre Lops/Internacional)

Andrés D’Alessandro chegou ao Inter no dia 30 de julho de 2008, assinando um contrato de quatro anos com o clube, pelo valor de cinco milhões de euros. Como na época Alex usava a camisa 10, o argentino escolheu então vestir a camisa 15, número que vestia quando defendia a Seleção.

A sua estreia com a camisa colorada foi no Gre-Nal da Copa Sul-Americana, em partida que terminou empatada em 1 a 1. Seu primeiro gol foi marcado na vitória de 2 a 1 sobre o Botafogo, no Campeonato Brasileiro daquele ano. O jogador, que viria a ser um dos maiores destaques colorados no maior clássico do sul do Brasil, marcou seu primeiro gol diante no Grêmio no Beira Rio e vencido por 4 a 1 pelo Internacional, no Brasileirão de 2008.

O camisa 10 foi essencial na conquista da Copa Sul-Americana, aproveitando-se da sua experiência e conhecimento no futebol sul-americano. Com isso, fez a equipe ser a primeira brasileira a se sagrar campeã da competição continental. No segundo jogo da semifinal, contra o Chivas Guadalajara, marcou dois gols. Ao lado de Alex e Nilmar, foi a referência do time comandado por Tite, que transformou o escrete no "Campeão de Tudo".

Foto: Alexandre Lops/Internacional

Já vestindo a camisa 10, número que passou a ocupar em 2009 logo após a transferência de Alex para o exterior, D’Alessandro ajudou o Internacional a conquistar a sua segunda taça da Copa Libertadores da América, no ano de 2010. Seu desempenho com a camisa colorada nesse ano lhe rendeu prêmios individuais, como o de Melhor Meio-Campista e Melhor Jogador das Américas, concedido pelo jornal espanhol El País. Mesmo com a eliminação precoce do Internacional no Mundial de Clubes daquele ano, o camisa 10 colorado levou para a casa o Prêmio Bola de Bronze da competição.

O ano de 2013 também foi marcante para o atleta. Após sofrer com várias lesões musculares na temporada anterior, D’Alessandro voltou a mostrar o melhor do seu futebol, sendo o principal destaque do Internacional naquele ano. Marcado na história colorada por deixar sua marca em clássicos, Andrés mais uma vez balançou as redes. Ele marcou um dos gols no empate com o Grêmio em 2 a 2, em partida disputada no Estádio Centenário, em Caxias do Sul. No fim do ano, o meia argentino recebeu o prêmio de Melhor Jogador Estrangeiro do Campeonato Brasileiro.

Em 2014, viveu mais um momento marcante com a camisa do clube, ao marcar os dois gols da equipe na vitória sobre o Peñarol por 2 a 1, no jogo de reinauguração do Estádio Beira-Rio.

Foto: Alexandre Lops/Internacional

D’Alessandro chamou atenção desde quando jogava nas categorias de base do River Plate. Acabou sendo convocado por José Pekerman para a Seleção Argentina Sub-20, onde conquistou o Mundial da categoria, em 2001, e foi eleito o segundo melhor jogador da competição. Em julho de 2003, transferiu-se para o Wolfsburg. No ano seguinte, conquistou o ouro olímpico nos jogos Olímpicos de Atenas.

No início de 2006, o argentino foi emprestado ao Portsmouth, da Inglaterra, e ajudou o clube a não ser rebaixado. Em meados do mesmo ano, foi emprestado ao Zaragoza, da Espanha, onde jogou até o final de 2007. Já no ano de 2008, transferiu-se para o San Lorenzo, que estava comemorando o seu centenário, mais uma vez por empréstimo. O atleta veio para a disputa da Copa Libertadores da América, mas o clube acabou sendo eliminado pela LDU, nas quartas de final.

Na Seleção Argentina principal, D’Alessandro esteve presente no vice-campeonato da Copa América, no ano de 2004. Na ocasião, a final terminou empatada em 2 a 2 e o título foi decidido em cobranças de pênaltis, com o meia sendo interceptado por Júlio César. O camisa 10 do Internacional nunca se firmou na seleção do seu país, inclusive quando o técnico do esquadrão era o ídolo Diego Maradona. Em 2010, foi convocado por Sergio Batista para o amistoso contra a Seleção da Espanha, atual campeã do mundo à época. O armador também foi convocado aos amistosos contra Japão e Brasil, também no mesmo ano.

Em 2015, o Internacional voltou a disputar a Copa Libertadores da América e o foco principal da equipe é a conquista do tricampeonato da competição sul-americana. Porém, estando há mais de 30 anos na fila do Campeonato Brasileiro e conquistar o tetracampeonato nacional é uma obsessão da torcida e do clube, assim como para D’Alessandro. Com o currículo multicampeão, a medalha de Campeão Brasileiro é uma das poucas coisas que faltam no armário do meia argentino.

Sempre favorito quando a competição inicia, o Inter conta com seu camisa 10 para finalmente confirmar o favoritismo e conquistar o campeonato nacional. Experiente e líder dentro de campo, D’Ale tem capacidade e talento para ajudar o Colorado a conquistar seu quarto título do Brasileirão. Ao lado de jogadores experientes como Alex e Nilmar, tal qual em 2008, e servindo de espelho para garotos como Eduardo Sasha e Vitinho, o articulador tem tudo para ser, mais uma vez, um dos grandes destaques do Brasileirão.

(Foto: Alexandre Lops/Internacional)

FICHA TÉCNICA:

Nome: Andrés Nicolas D'Alessandro

Nascimento: 15/01/1981

Nacionalidade: Argentino

Altura: 1,74m

Clubes por onde passou: River Plate-ARG (1998-2003), Wolfsburg-ALE (2003-2005), Portsmouth-ING (2006), Zaragoza-ESP (2006-2007), San Lorenzo-ARG (2008), Internacional (desde 2008)

Títulos: Mundial Sub-20 2004, Jogos Olímpicos 2004 (ouro), Copa Sul-Americana 2008, Copa Suruga Bank 2009, Copa Libertadores 2010, Recopa Sul-Americana 2011, Campeonato Gaúcho 2009-2011-2012-2013-2014