A torcida do Fluminense não está satisfeita com o treinador, e isso não é novidade. Mais uma derrota pra lista de Eduardo Baptista no comando do Tricolor, e mais uma derrota em clássicos em um espaço de quatro dias. No jogo desta quarta-feira (24), contra o Botafogo, em Cariacica/ES, o técnico viveu talvez um dos piores dias da sua carreira.

Baptista foi hostilizado pela torcida, aos gritos de "burro", teve que ouvir gritos de "Cuca", e para completar, quase foi atingido por uma garrafa de água no final do jogo. Muito humilde em sua entrevista, Eduardo falou que seria egoísmo de sua parte pensar no seu cargo nesse momento, e que pensa somente no Fluminense. Segundo o profissional, faltam duas vitórias para o time ter um estadual diferente. 

"Olha, eu não penso em meu comando. Seria egoísmo. Penso no trabalho, em estar juntos com os atletas, e fazer algo para que a gente possa mudar, possa engrenar um bom futebol. Eu não penso em mim, eu tô pensando no Fluminense, assim como os atletas", disse, completando logo em seguida.

"Tem que seguir trabalhando. A torcida não está contente, não estamos apresentado um bom futebol. É trabalhar e reverter. Estamos aí a duas vitórias de uma classificação e aí começa um novo Carioca", acrescentou

Eduardo Baptista revelou na entrevista que após o jogo, olhou no olho de cada atleta, e pôde ver o abatimento da equipe: "Eu olhei no olho dos atletas, está todo mundo abatido, mas todo mundo de cabeça em pé. Não estamos tranquilos, estamos tristes, mas estamos juntos para resolver esta situação e tirar o Fluminense disso, classificar e aí o Carioca começa" - contou

Apesar do abatimento, Eduardo é contrário ao pensamento de que alguns atletas desistiram do jogo. Para o treinador, não houve essa postura: "Não desistiram, as coisas não dão certo e o abatimento é normal. Você joga dois clássicos e perde os dois, é um abatimento, mas nenhum deles jogou a toalha. São homens, já mostraram o que podem fazer juntos, e nós temos que transformar isso em resultado e num melhor futebol" - afirmou.

Confira outros trechos da entrevista de Eduardo Baptista

Classificação a perigo?

"Ninguém aqui desistiu de nada. O abatimento é normal quando se joga e perde dois clássicos. Mas ninguém aqui jogou a toalha. Todos são homens e já mostraram o que podem fazer. Agora temos que transformar isso em resultados."

Scarpa segue na esquerda?

"Vamos analisar. Temos uma semana para trabalhar e analisar o que foi feito."

Desatenção no início

"É um fato que vem se repetindo. Temos conversado bastante, alertado no túnel antes do jogo. Talvez um posicionamento mais compacto no início para evitar isso. Começar já perdendo por 1 a 0 é complicado, não pode acontecer. Temos que trabalhar para reverter isso."

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Sobre o autor
Guilherme Cesar
Jornalista.