Fluminense Football Club

Fluminense Football Club

Team
Fluminense Football Club

1902 Rio de Janeiro


Em meio à época que o remo era o principal esporte praticado no Rio de Janeiro, o Fluminense teve sua origem com uma raíz pioneira, o nome “Football Club”, sendo o primeiro grande clube do Brasil a ter o futebol batizado em sua identidade. Idealizado pelo Cônsul inglês no Equador, Oscar Cox, o Fluminense foi fundado em 21 de julho de 1902 em uma reunião presidida por Manoel Rios, onde ficou acordado que Cox seria o primeiro Presidente tricolor desde então.

Conhecido internacionalmente pelas cores: verde, branca e grená, o Fluminense em seu período de surgimento no futebol utilizava apenas o cinza e branco. Motivado por Cox, que viajava para a Inglaterra durante os primeiros anos do século XX e retornava ao Rio com novidades futebolísticas, as novas cores que caracterizam o tricolor até os dias atuais, foi decidido dois anos depois da fundação, de forma unânime, após o Presidente do clube concluir que na Europa os uniformes das três cores eram mais fáceis de serem produzidos, do que o já ultrapassado manto que a equipe usava.

Seleção e estádio

Sua ligação com a seleção brasileira vem desde os primórdios. No estádio, que hoje é sua sede, as Laranjeiras, o Fluminense novamente foi pioneiro quando construiu o primeiro estádio da América Latina feito de cimento. Inaugurado em 1919 e sucedendo antigas sedes do clube, como o Campo da Rua Guanabara, quem estreou o local foi a seleção, em amistoso contra o Chile, vencido por 6 a 0. Batizado pelo nome Álvaro Chaves, em lembrança à rua que sedia o local, foi a casa tricolor por mais de 4 décadas até a inauguração do Maracanã, em 1950, e posteriormente era usado ocasionalmente, como alternativa em partidas menores do clube. Desde 2003 não suporta mais partidas devido aos critérios de segurança adotados no futebol carioca.

O tricolor ostenta alguns marcos fundamentais na história, bem como a primeira partida transmitida por rádio no mundo, em 1922, no jogo Brasil x Uruguai. Estádio sede de eventos internacionais, como os jogos comemorativos do centenário da independência do Brasil e os jogos olímpicos Latino-Americanos (atual Pan Americano), sua casa já comportou 30 mil espectadores durante as primeiras décadas de utilização. Durante o período da Segunda Guerra Mundial, o estádio das Laranjeiras era utilizado para a preparação de médicos e enfermeiras, que o clube estimulava desde 1942 no combate ao nazismo, tendo inclusive doado um avião para a FAB nessa época. O reconhecimento veio em 13 de outubro de 2015, quando a comunidade judaica presenteou o clube com uma placa celebrando este feito.

Estádio das Laranjeiras
Estádio das Laranjeiras

Rivalidades

Ao todo, em sua casa o Fluminense jogaria por 540 vezes no Cariocão, vencendo 367 dos jogos. Clube com mais participações na história do estadual, o tricolor rivaliza com três grandes clubes do estado, o posto de maior do Rio. Botafogo, Vasco e Flamengo são os principais oponentes cariocas, porém, este último - clube que divide o histórico feito de estar presente em dois hinos de futebol - é o clássico mais conhecido do Brasil, o Fla-Flu. Praticado desde 1912, o centenário clássico foi imortalizado pelo jornalista Mário Filho (que leva o nome do Maracanã) como jogo das multidões. Seu irmão e tricolor, Nelson Rodrigues, também perpetuou frases sobre o duelo, como: “O Fla-Flu não tem começo”, “O Fla-Flu começou quarenta minutos antes do nada” e “E aí então  as multidões se despertaram”.

Na história do clássico com o Flamengo, o tricolor soma 132 vitórias e 559 gols. Disputado 425 vezes,a maior série invicta pertence ao Fluminense, com 13 partidas sem derrotas durante o final dos anos 30. O tricolor também soma vantagem em finais estaduais contra o Rubro-Negro, com 8 títulos em cima dos rivais, contra 4 da equipe da Gávea. Em 1995, um marco histórico eternizou o centenário dos maiores rivais. Na final do Carioca daquela edição, o favorito Flamengo de Romário, Sávio e Edmundo, perderia o título estadual aos 42 minutos com o gol de barriga de Renato Gaúcho. O ex-Flamenguista marcaria o 3º gol do confronto (3x2) diante de mais de 120 mil torcedores no Maracanã, pondo fim ao jejum de 9 anos sem vencer o rival, e de quebra, decepcionando a conquista na temporada que o Flamengo completava 100 anos de existência.

Anos mais tarde, em 2012, o Fla-Flu ganharia um novo capítulo especial. O centenário do clássico foi celebrado em partida do Campeonato Brasileiro. Na temporada em que o Fluminense seria campeão nacional, o Flu novamente sairia vencedor do confronto (1x0) após gol de Fred.

Internacionalização

Primeiro grande feito internacional após o fracasso da seleção brasileira na Copa de 50, o Fluminense sagrou-se campeão mundial em 1952 no torneio Copa Rio - equivalente ao Mundial Interclubes. Invicto, o Flu desbancou o Peñarol, Áustria Viena, Sporting Grasshoper e o Corinthians, com um time estrelado em que tinha o goleiro Castillo, jogador com o maior número de jogos na história do clube, com 697 ao todo. Falecido em 1987, o ex-jogador defendeu o Fluminense durante 1946 até 1964.

Vice campeão da Copa Libertadores em 2008 e também vice da Copa Sul-Americana em 2009, ambas contra a LDU de Quito, o Fluminense soma ao todo 19 aparições em torneios internacionais, são elas: 1 Copa Rio, 6 Libertadores, 9 Sul-Americana e 3 Copa Conmebol.

Jogo de volta da final da Libertadores de 2008, contra a LDU
Jogo de volta da final da Libertadores de 2008, contra a LDU

Futebol Brasileiro

Campeão nacional em 1970, 1984, 2010 e 2012, o Fluminense soma 53 participações no Brasileirão. Rebaixado da elite em 1996, a equipe amargou também a terceira divisão, onde seria o campeão em 1999. Com a criação da Copa João Havelange, o tricolor voltaria à elite sem disputar a série B de 2000. Em 2013 o Fluminense novamente seria rebaixado à segunda divisão, porém, com problemas judiciais, a Portuguesa de Desportos perdeu pontos na tabela, assim como o Flamengo, mas o rebaixamento ficou com o time paulista em uma polêmica na escalação de jogadores dos dois times.

Primeiro clube do eixo Rio-SP a atingir 30 títulos estaduais (em 2005, contra o Volta Redonda), o último troféu levantado no Rio de Janeiro pelo clube foi a Taça Rio, em 2018, porém, desde 2012 o time não é campeão estadual. Durante os anos 70 e 80, o Flu seria campeão 4 vezes no intervalo de uma década em cada período, somando 8 títulos em 20 anos.

Com dificuldades financeiras nos últimos anos, o clube tem figurado em posições intermediárias no campeonato brasileiro desde 2013. Priorizando o trabalho primordial em revelar jogadores das categorias de base, o Fluminense carrega um status inicialmente adquirido em 2008, e desde então é celebrado pela torcida: o espírito guerreiro.

Conhecido por ser a força extra-campo do tricolor, a alma de guerreiro é famosa pelas grandes viradas do clube. Como em 2009, quando o clube chegou a ser considerado 99% rebaixado da série A. Realizando uma campanha na reta final impecável, o time se salvou, e anos depois desfrutava dois títulos do Brasileirão. A identificação com o novo status é tão grande, que o Cartola, antigo escudo tricolor (1943-2015) foi substituído pelo Guerreirinho em 2016.

Atualmente o Fluminense figura na 13ª colocação no ranking da CBF, com 9.938 pontos. Décimo quarto colocado na temporada passada, desde 2014 o clube não termina entre os dez melhores do Brasileirão, quando na oportunidade foi o 6º colocado. Com 31 títulos estaduais, 5 nacionais (4 da série A e 1 da série C), 1 Copa do Brasil, 2 Rio-São Paulo, 1 Copa Rio e 1 Taça Olímpica, o tricolor sagrou-se historicamente como um dos maiores vencedores do futebol nacional. 

Ídolos

Em 117 anos de história, o Fluminense coleciona um leque de grandes ídolos durante sua trajetória no futebol. Desde Henry Welfare e Preguinho nos primeiros anos de clube, passando pelos primeiros campeões do mundo Didi e Altair, o goleiro recordista de jogos no Fluminense, Castilho, o multicampeão como jogador e técnico Telê Santana, Waldo, o maior artilheiro da história tricolor (319 gols), Carlos Alberto Torres, o maior lateral direito do futebol brasileiro, Félix nos anos 70 junto de Gérson “canhota de ouro” e Paulo César Caju. Assis, Rivellino e Romerito na década seguinte, e fechando com Ézio e Renato Gaúcho nos anos 90. Nos tempos atuais, Marcão, Darío Conca, Fred, Romário, Thiago Silva e Marcelo são alguns dos nomes imortalizados na história tricolor.

Em breve, mais informações sobre o Fluminense Football Club.