Ídolo da torcida e sempre com cadeira cativa na seleção uruguaia. Uma das poucas unanimidades na primeira metade da temporada passada, quando a equipe somou apenas 13 pontos em 19 rodadas, Martín Silva segue demonstrando um enorme carinho, recíproco, é verdade, pela camisa e torcida do Vasco. Na Colina desde 2014, o arqueiro, que renovou seu vínculo com o clube até 2019, faz questão de falar e demonstrar estar em casa, de fato. Contudo, embora todos em São Januário o considerem já marcado na história vascaína, o próprio uruguaio não se sente ídolo ainda, mesmo já tendo superado a marca dos 100 jogos defendendo a meta do Vasco.

“Ainda não me considero, nem perto estou. É uma palavra grande, ainda mais num clube como o Vasco. Vou continuar fazendo o meu trabalho da melhor maneira para me tornar um ídolo dessa imensa torcida no futuro”, disse Martín.

Silva também comentou sobre as pretensões quando assinou com o clube. Na época, a equipe havia sido rebaixada pela segunda vez na história, e um ano bastante incerto se iniciava. Um dos principais motivos para o descenso naquele ano, segundo a torcida, foi a falta de um goleiro de nome, já que a equipe tentou três na ocasião, sem sucesso. Mas Martín Silva aceitou o convite e assinou com o clube, e segundo ele, permanecer na equipe fazia parte dos planos.

“Estou muito feliz no Vasco. Cresci bastante como atleta e pessoa nesse período que estou aqui. A parte futebolística está saindo como desejo, e isso é muito bom. Quando assinei, imaginava que poderia ficar muito tempo no clube”, comentou.

Embora não seja oficialmente objetivo do clube, a manutenção da invencibilidade, que já dura cinco meses, é importante. Jorginho, jogadores e o restante da Comissão Técnica rechaçam que a equipe jogue apenas para mantê-la, mas é inegável que sem perder, a pressão passa longe de São Januário. Entretanto, para Martin, permanecer invicto pode significar uma cilada, visto que isto se torna um fator motivador para os adversários.

“Ser campeão fala mais alto que a invencibilidade. O objetivo é o bicampeonato. Sempre foi o nosso foco, mas nunca se falou aqui dentro em conquistá-lo de forma invicta. Isso traz uma motivação a mais para os adversários, que querem tirar a nossa invencibilidade. Para nós, é um motivo de alegria, mas queremos mesmo o título, não importa como. Não falamos de invencibilidade nos treinos ou na concentração. Não é um assunto tratado dentro do grupo. É bom, mas o que importa é o campeonato”, finalizou Silva.

O Vasco da Gama volta a campo no próximo sábado (9), às 18h30, quando pega a equipe do Madureira. Partida importante para o Gigante, já que com os últimos resultados, a equipe perdeu a liderança para o Fluminense. O confronto entre os rivais ocorrerá na próxima semana, em Manaus, na Arena da Amazônia.