Não é novidade para ninguém que a história de Marcelo Oliveira na vida esportiva se confunde com a história do Atlético-MG. O treinador está de volta ao Galo depois de quase oito anos da última vez em que assumiu o comando técnico do alvinegro. O contato do técnico vai até final de 2017.

Apesar de sua passagem bem sucedida pelo Cruzeiro, arquirrival do Galo, a melhor em toda carreira como treinador, com dois títulos brasileiros e um Estadual, não dá para apagar toda a história vitoriosa de Marcelo Oliveira no Atlético-MG. 

Jogador do Galo, 11 anos de histórias e muitos gols

Marcelo de Oliveira Santos, natural de Pedro Leopoldo, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, chegou ao Atlético-MG aos 14 anos pelas mãos de outro jogador do alvinegro, Campos, seu conterrâneo, e que já atuava entre os juvenis do alvinegro.

Foto: Divulgação

Com qualidades acima da média, o jovem Marcelo foi aprovado no Atlético e treinou no alvinegro nas categorias Dente de Leite e Juvenil. Foi tricampeão mineiro em 1970, 1972 e 1973, na geração que viria a fazer sucesso entre os profissionais na segunda metade da década de 1970. 

As primeiras aparições de Marcelo entre os profissionais aconteceram de forma gradual a partir de 1972, pelas mãos do técnico Telê Santana. O jogador era frequentemente convocado para a Seleção Brasileira de base, onde foi campeão dos torneios de Cannes-FRA, e do Pan-Americano do México, em 1975. 

Foto: Divulgação

A partir de 1975, Marcelo, juntamente com Reinaldo, Paulo Isidoro, Toninho Cerezo e outros jogadores formados nas categorias de base do Atlético, chegavam à titularidade com o técnico Barbatana. Em 1976, veio o primeiro título como profissional, o Campeonato Mineiro 1976 de forma invicta. 

O amadurecimento daquela turma promissora chegaria em 1977. O Atlético realizou uma campanha impecável no Brasileirão daquele ano. A dupla Marcelo e Reinaldo fazia encher os olhos dos torcedores. Porém, tanta genialidade não foi suficiente para dar o bicampeonato brasileiro ao Galo. O título nacional ficou para o São Paulo. 

Em 1978 e 1979, Marcelo foi bicampeão mineiro, sendo considerado um dos melhores jogadores da equipe. No entanto, após o Estadual, o jogador foi vendido ao Botafogo. Depois de boa passagem pelo time carioca, Marcelo passou pelo Nacional-URU.

O retorno ao Atlético-MG aconteceu em 1983. Marcelo disputou o Campeonato Brasileiro e participou do time hexacampeão mineiro naquele ano. Após o Brasileirão de 1984, o jogador deixou o clube, passando pela Desportiva-ES e encerrando a carreira em 1985, no América-MG. 

Em 11 anos atuando pelo Atlético, Marcelo disputou 285 jogos e marcou 104 gols. Informações do site Galo Digital.

Marcelo Oliveira treinador: categoria de base e profissional

Foto: Reprodução/Blog Chico Maia

Em 2002, Marcelo Oliveira foi convidado para treinar o time júnior do Atlético. Naquela temporada, o treinador teve um período como técnico interino do time profissional durante o Supercampeonato Mineiro, substituindo Levir Culpi, que fora demitido e antecedendo a vinda de Geninho. 

Marcelo Oliveira retornou as categorias de base, onde seguiu formando jogadores para o time profissional, tendo seu trabalho muito elogiado. Em 2003, aconteceu a primeira oportunidade de efetivação no time profissional após a demissão de Celso Roth. Marcelo assumiu o time na partida contra o Juventude, no fim do primeiro turno do Campeonato Brasileiro com vitória por 2 a 1. 

Naquele time que tinha Guilherme, Velloso, Fábio Jr. e Alex Alves, Marcelo Oliveira trabalhou durante 21 jogos pelo Brasileirão com a tentativa de colocar o Atlético na zona de classificação para a Copa Libertadores da América, além da Copa Sul-Americana. No total foram 23 jogos, com nove vitórias, oito empates e seis derrotas. Marcelo chegou a ficar nove jogos sem perder no Brasileiro, mas uma sequencia de seis partidas sem vencer foi o suficiente para direção atleticana demitir o técnico e contratar Procópio Cardoso, que não conseguiu levar o Galo a Libertadores.

Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG

Em 2004, Marcelo Oliveira foi auxiliar de Jair Picerni enquanto o treinador esteve no Galo. Em 2005, Marcelo seguiu trabalhando nas categorias de base do clube. Alguns dos jogadores trabalhados por Marcelo serviram os profissionais do Atlético, casos dos goleiros Bruno e Diego Alves, do volante Rafael Miranda, os zagueiros Lima e Leandro Castan, o atacante Quirino, entre outros. Mesmo assim, a garotada não conseguiu salvar o alvinegro do rebaixamento para a Série B.

Em 2006, Marcelo Oliveira comandou o Galo interinamente em uma partida na Série B do Brasileiro. Na ocasião, o Atlético-MG empatou sem gols com o Guarani de Campinas. Na rodada anterior, Lori Sandri foi demitido e Levir Culpi retornava ao alvinegro. No ano seguinte, novamente Marcelo foi chamado para treinar o clube. Enquanto comandante, o treinador venceu o Fluminense por 3 a 0, no Mineirão, precedendo a vinda de Emerson Leão.

Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG

Em 2008, Marcelo Oliveira assumiu o comando técnico do Atlético-MG por duas vezes. A primeira foi provisória no empate com gols diante do Goiás, no Serra Dourada, por 1 a 1. Após esta partida, Alexandre Gallo assumiu o elenco. Na 17ª rodada do Brasileirão, Marcelo foi efetivado como treinador e permaneceu até o fim do Brasileirão. O comandante não só tirou o Galo do rebaixamento, como classificou o alvinegro para a Sul-Americana de 2009. Na última passagem dele, foram oito vitórias, sete empates e dez derrotas.

No total, Marcelo Oliveira treinou o Atlético-MG em 53 jogos nas seis passagens pelo comando técnico do clube, sendo duas passagens como efetivo. Foram 19 vitórias, 17 empates e 17 derrotas, somados todos os jogos entre 2002 e 2008.

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