O espírito dos Jogos Olímpicos Rio 2016 parece ter contagiado os jogadores da seleção olímpica brasileira, que demonstraram uma união muito forte, transcendendo as barreiras "impostas" pela rivalidade entre os clubes em que jogam. Fernando Prass, goleiro do Palmeiras, foi cortado da Olimpíada por conta de uma lesão no cotovelo, às vesperas da competição, sendo substituído por Weverton, que se tornou herói ao defender o pênalti de Nils Petersen, dando ao Brasil a chance de garantir o ouro. A chance foi aproveitada por Neymar, para delírio da torcida presente no Maracanã.

Ao fim da partida, alguns jogadores foram vistos utilizando camisas especiais com o número 1 e o nome de Prass, em gesto bastante tradicional no futebol. Gabriel Jesus foi o responsável pelo planejamento da homenagem e seu xará Gabriel Barbosa, o Gabigol, também seguiu o espírito, vestindo a mesma camisa. Jogador do Santos, o atacante rejeitou qualquer tipo de questionamento sobre a rivalidade entre os dois clubes e demonstrou que o mais importante era a união entre todos os convocados: "Nesse momento não tem rivalidade. Esse ouro é de todos nós e é dele também", afirmou o camisa 9 da seleção.

O jovem também falou a respeito da evolução do time durante a Olimpíada: "Todo mundo sabia que esse time sempre teve muita qualidade, era muito bom, mas precisava correr mais. Acho que foi isso que aconteceu. Passamos a ter mais confiança, todo mundo acreditou", declarou. Gabigol não participou da decisão por pênaltis, sendo substituído por Felipe Anderson ainda na segunda etapa.