O Santa Cruz tentou, mostrou um futebol aguerrido, mas não foi páreo para o líder Palmeiras e perdeu pelo placar de 3 a 2 em partida realizada na noite desta segunda-feira (3) no estádio do Arruda, em Recife. Com o resultado, a diferença entre o vice-lanterna Santa Cruz e o décimo sexto colocado, o Cruzeiro, é de dez pontos. Após a partida, o técnico Doriva fez questão de exaltar a garra e o comprometimento de seus comandados, mas não poupou críticas à falta de planejamento do clube para a Série A.

Em nenhum momento não se pode falar nada em relação a esses atletas. Eles sempre jogaram com dignidade e vão continuar jogando. Até superaram as expectativas. Jogamos contra o líder da competição e fizemos um bom jogo. Isso sim é dignidade. Infelizmente, mais uma vez por falhas bobas acabamos sendo derrotados”, afirmou o treinador.

Para Doriva, apesar da enorme distância que separa o Tricolor da décima sexta posição, não é hora de jogar a toalha. “Foi um grande jogo, o Palmeiras tem uma equipe bastante competitiva e de qualidade. Mas cabe a nós continuar lutando com dignidade e continuar acreditando. Nós que estamos envolvidos diretamente com o trabalho temos que mobilizar todo mundo para continuar buscando as vitórias. Temos muitos jogos pela frente. Enquanto houver esperanças temos que tentar”, completou.

Segundo o comandante coral, o grande problema do Santa Cruz foi a montagem do elenco para a Série A. “A gente sabe que o estadual e o Nordestão não servem de parâmetro para a Série A. Deveríamos ter um elenco mais homogêneo. Precisávamos fortalecer o elenco com jogadores de Série A. A Série A é complicada, possui apenas equipes qualificadas. E se uma equipe não tem um lastro para momentos de oscilação de rendimento ou de lesões e cartões ela sofre. A competição é dura”, lamentou, complementando em seguida:

Não tem como se fazer uma projeção. Precisamos vencer. Já passamos do limite. O rendimento não é bom. Fizemos boas partidas, mas no que diz respeito a pontos estamos abaixo da média. Ora por falta de eficiência, ora por falhas, os pontos não estão vindo. Mas como os próprios atletas disseram, temos um grupo de profissionais que conseguem, apesar das dificuldades, conduzir o trabalho e dar o seu melhor nos jogos. Temos dado e vamos continuar dando o nosso melhor”.

Ao ser perguntado sobre o estreante meia Wagner, Doriva minimizou a falha do atleta que iniciou a jogada do terceiro gol palmeirense. “O Wagner foi infeliz no lance do terceiro gol. Infelizmente isso acontece. O Pisano estava fazendo um bom jogo mas estava desgastado. Iniciei com ele mais por dentro mas pedi para ele ficar um pouco mais na beirada e deixar o Keno mais solto para encaixarmos o contra-ataque. O Wagner sofreu o escorregão, mas aquele foi o início da jogada, o gol poderia ter sido evitado depois”, analisou.

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Sobre o autor
Ney Gusmão
Recifense, de Jornalismo e amante do esporte mais popular do mundo.