A situação é complicada. Diante da Ponte Preta, neste domingo (16), o Santa Cruz sofreu a vigésima derrota ao ser superado por 3 a 0, com todos os gols sendo marcados no segundo tempo. E mais um revés foi capaz de gerar desconfiança quanto à permanência na Série A não só na torcida, mas também em Doriva.

Duro e realista com a situação incômoda no Campeonato Brasileiro 2016, o treinador coral reconhece as dificuldades para a sequência do certame. Com tom de abatimento, o técnico começa a planejar o ano de 2017, ainda que não tenha sua presença garantida à frente do time no próximo ano.

"Temos uma grande possibilidade de cair. Não sabemos ainda o que vai acontecer, porém é uma situação praticamente irreversível. Temos que ser realistas e, obviamente, lamentamos pelo nosso torcedor. O sonho de permanecer estava vivo, mas resultados não vieram. Tem que olhar para frente a partir de agora, já que precisaremos começar a pensar no próximo ano", declarou, falando sobre uma possível permanência nos pernambucanos e falando a dificuldade ao reencontrar torcedores da Macaca.

"Meu contrato com o Santa é até dezembro e minha ideia era fazer um segundo turno de recuperação, mas não deu para fazer. Agora a gente vai precisar sentar, conversar com a diretoria com a cabeça mais fria, pois ainda estamos no calor do jogo, com a cabeça quente. Esse não é o melhor momento de falar sobre renovação e, para mim, voltar aqui no Moisés Lucarelli, foi difícil, porém o momento que tive aqui foi fabuloso e guardo isso com carinho", completou.

Vitória deixa Macaca firme na briga pelo G-6, enquanto revés aproxima Cobra Coral da queda (Foto: Divulgação/Ponte Preta)
Vitória deixa Macaca firme na briga pelo G-6, enquanto revés aproxima Cobra Coral da queda (Foto: Divulgação/Ponte Preta)

Criticando o sistema defensivo, por 16 tentos sofridos em cinco jogos, o comandante do Mais Querido até teve de promover a volta de Tiago Cardoso pela lesão de Edson Kölln, todavia as falhas permaneceram. Apesar da ser fase complicada, Doriva exige motivação máxima pelos seus jogadores.

"A gente até busca encorajar os jogadores, entretanto são eles têm que entender que o Campeonato Brasileiro é, agora, grande vitrine. Não dá para jogar a toalha e baixar a guarda, já que o jogador sempre tem que pensar no futuro, apesar de jogar nessa situação ser muito difícil, mas a intensidade vem caindo durante as partidas", encerrou.

A Cobra Coral tentará dar a sua última cartada já na próxima quarta-feira (19), contra o embalado Botafogo, que luta por vaga na próxima Libertadores. O confronto vai ser no Arruda, às 21h45, isolado devido à antecipação confirmada pela CBF, que apontou um ajuste na grade de programação da TV detentora dos direitos de transmissão.