Lanterna da Série A2 no Campeonato Paulista 2017 com apenas quatro pontos em 11 rodadas, mais uma vez o União Barbarense volta a ser notícia por conta de polêmicas em suas dependências. Logo após a derrota por 4 a 1 diante do Mogi Mirim pela 11ª rodada da principal divisão de acesso do futebol paulista neste sábado (18), o Leão da 13 viu seu técnico Cláudio Britto ser detido pela polícia no estádio Antônio Guimarães, em Santa Bárbara d’Oeste. O motivo: atraso de pensão alimentícia.

A acusação foi de que o comandante da equipe alvinegra teria débitos pendentes entre 2014 e 2015, e foi imediatamente levado para o Plantão Policial da cidade, mas não seguiu o percurso em viatura, e sim no carro de um funcionário do clube. O caso pode ser registrado como cumprimento de mandado de prisão, e Britto ficará detido até segunda-feira (20), dia que será efetuado o pagamento para sua liberação, já que não há expediente bancário e nem no fórum judicial nos finais de semana.

Entenda o caso

Cláudio Britto pertenceu ao União Barbarense entre 2011 e 2014, e se tornou ídolo da torcida pelo futebol apresentado nos anos em que jogou. No período em que vestiu a camisa alvinegra, houve um acordo entre ele e a diretoria do clube na época, onde Dário Furlan era o presidente. Nesse acordo, seria descontado da folha salarial do atleta o valor correspondente à pensão alimentícia de seu filho. A Abra Sports, empresa parceira do Leão da 13 na época, cuidava desse caso. Atualmente a empresa encerrou suas atividades.

Depois que deixou os gramados finalizando sua carreira como jogador, Britto continuou trabalhando no clube, mas como professor de futebol infantil na escolinha do União Barbarense até ser integrado na comissão técnica neste ano e se tornar o treinador interino após Edson Leivinha ser demitido, sendo efetivado um pouco depois.

O acordo continuou, assim como os descontos de seu salário. A informação apurada é de que os descontos foram de fato efetuados, tendo como prova os holerites de Cláudio Britto, porém, os valores em si não haviam sido depositados. Qualquer contratempo, inclusive atrasos, deveria ser informado pelo advogado responsável pelo caso, além de também ser necessário o monitoramento do próprio Cláudio Britto, o que aparentemente não aconteceu.

Agora o clube e a família de Britto estão correndo para que a situação seja resolvida. A soltura do treinador acontecerá na próxima segunda-feira, já que os procedimentos necessários para isso não podem ser realizados nos finais de semana. A diretoria do União Barbarense preferiu, por enquanto, não se manifestar sobre o caso.