Na manhã dessa sexta (20), o presidente Modesto Roma Júnior, do Santos, concedeu entrevista para anunciar a parceria com a Umbro para o fornecimento e comercialização de materiais esportivos do Peixe a partir de 2018. A coletiva foi realizada na Vila Belmiro, onde o cartola santista estava acompanhado do gerente de marketing do clube, Eduardo Rezende.

Atualmente, no modelo de negócios entre o clube e a SPR, empresa que administra a Kappa no Brasil, o Santos é o responsável pela confecção, distribuição e comercialização dos produtos. No novo acordo com a Umbro, a marca inglesa cuidará da produção e da venda dos materiais esportivos.

Outra mudança na troca da marca italiana pela inglesa ocorre na forma de arrecadação que o clube terá sobre as vendas. Com a Kappa, o alvinegro inovou ao abrir mão de um valor fixo anual para arrecadar em cima da venda de cada produto. Já no novo contrato, o modelo mais tradicional foi acordado entre o clube e a Umbro, no qual a empresa pagará um valor, ainda não divulgado, anualmente ao time, independente do número de camisas produzidas e comercializadas.

Ao fechar acordo com a Kappa em 2016, o time da Vila Belmiro calculou que ganharia R$ 8 milhões por ano. Porém, segundo o relatório do Conselho fiscal do Santos, o time recebeu menos de R$ 5 milhões no ano passado.

O contrato entre o Santos e a SPR é valido até o final de 2018, mas há no contrato uma cláusula que permite rescisão a partir de fevereiro do mesmo ano. O clube acertou com a Umbro para que o uso de seus materiais comece no dia 3 de março, fazendo assim com que o time dispute a Copa São Paulo de Futebol Júnior e o início do Campeonato Paulista de 2018 com uniformes da atual distribuidora.

A marca que aparece nas camisas de Atlético-PR, Bahia, Cruzeiro, Chapecoense, Grêmio e Vasco estampará pela terceira vez a camisa santista. Em sua última passagem, a parceria com o clube durou 14 anos, começando em 1997 e terminando após o mundial de clubes da FIFA, em 2011. O atual contrato foi fechado para que a empresa patrocine o clube pelos próximos dois anos.

Por estar em período eleitoral, o presidente Modesto Roma precisa do consentimento do conselho para fechar determinados contratos, mas o acordo com novos patrocinadores não é impedido pelo Estatuto.