O Fluminense perdeu peças importantes no elenco, como Gustavo Scarpa, Wellington Silva e Richarlison, e o futuro do artilheiro Henrique Dourado está indefinido. Se em 2017 a equipe de Abel Braga ficou marcada pela força ofensiva e a fragilidade defensiva, o treinador busca um equilíbrio nos dois setores em 2018.

Na busca pela estabilidade com as peças que restaram e com as poucas que chegaram, Abel Braga apostará no esquema 3-5-2, pouco usado no futebol brasileiro. Com três zagueiros, um volante protegendo a zaga e os laterais que defensivamente ajudam a formar uma linha de cinco, o treinador busca ter uma defesa mais sólida.

Em 2017, o Fluminense jogava no esquema 4-3-3, variando muitas vezes para o 4-1-4-1, com os pontas formando uma linha de quatro junto com outros dois meias, atrás de Henrique Dourado. Em 2018, porém, o Flu não terá pontas, e os laterais serão responsáveis pelo apoio ao meia Sornoza e os atacantes.

Mais solidez e equilíbrio na defesa e ataque

Com o esquema tático 3-5-2, Abel Braga aposta numa equipe mais sólida na defesa e mais equilibrada. Os laterais viram peças-chave no esquema, já que são responsáveis, principalmente, pelo apoio ao ataque. Sem atacantes com características de pontas, o treinador aproveita o que Gilberto e Marlon tem de melhor: a força no apoio ao ataque. 

Com a saída de Gustavo Scarpa, e sem atacantes com características de ponta, a importância de Sornoza aumenta dentro da equipe. O meia, que assumiu a camisa 10, é o responsável por organizar as jogadas e pelo apoio no ataque. Além disso, se aproximará mais dos atacantes, como jogava no Independiente del Valle. 

Um dos reforços do Fluminense para a temporada, Airton será um dos responsáveis pela saída de bola e também por dar mais consistência defensiva a equipe. Com o apoio dos laterais no ataque, o volante, junto com Douglas, terá que ajudar os zagueiros na cobertura e proteger os defensores. 

Posicionamento defensivo

Se os laterais são responsáveis pelo apoio no ataque devido à ausência de pontas, defensivamente eles são responsáveis por formar uma linha de cinco junto com os outros três zagueiros. À frente deles, Airton e Douglas fazem a proteção da zaga. Abel Braga aposta em fortalecer o sistema defensivo.

Teoricamente mais forte defensivamente, o Fluminense já não tem tanta velocidade para contra-ataque como em 2017. Com sete homens defendendo próximo à grande área, Sornoza e Marcos Júnior ficam isolados, e os laterais são responsáveis pela transição.

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