O Fluminense é um dos clubes brasileiros que mais revela jogadores de qualidade. Desde sempre foi responsável por revelar grandes craques, mas nos últimos anos o clube tem se aperfeiçoado no assunto. Os 'Moleques de Xerém' iniciam a formação no futsal ou nas escolinhas oficiais, seguem para as divisões de base em Xerém e podem terminar na equipe profissional ou na Europa. 

Nos últimos anos o Fluminense revelou grandes jogadores para o futebol, entre os principais nomes é possível destacar o Marcelo (lateral-esquerdo do Real Madrid) e Thiago Silva (zagueiro do Paris Saint-Germain). Ainda é possível destacar revelações mais recentes que contou com Gerson, Kenedy e Marlon, negociados com Roma-ITA, Chelsea-ING e Barcelona-ESP, respectivamente. 

A prova que a base do Fluminense sempre foi muito forte é que o clube é o segundo maior campeão da Copa São Paulo de Futebol Junior, atrás do Corinthians. Até os anos 90, o Tricolor era o maior vencedor do torneio. Mesmo com a seca de títulos na competição desde 1989, continuou revelando muitos jogadores. Em 2012 foi finalista da competição, enquanto em 2015 foi semifinalista. 

Anos 2000: base volta ganhar força e Flu revela grandes nomes para Europa

Após passar pela fase mais difícil de sua história durante os anos 90, o Fluminense voltou a ser uma das potências do futebol nacional e também nas divisões de base no início dos anos 2000. Nomes como Fernando Henrique, Carlos AlbertoDiego Souza, Thiago Silva e Marcelo foram revelados e se destacaram. 

Carlos Alberto foi o primeiro a encantar e chamar a atenção dos times europeus, e logo foi negociado com o Porto, de Portugal. Foi muito elogiado por José Mourinho e um dos destaques do time campeão da Uefa Champions League em 2004. O meia retornou ao Fluminense três anos depois e foi campeão da Copa do Brasil. 

Após Carlos Alberto, foi a vez de Marcelo. Revelado em 2005, se destacou apenas no ano seguinte quando foi eleito o melhor lateral-esquerdo do Brasileirão e foi negociado com o Real Madrid, da Espanha. Há mais de dez anos no clube espanhol, há anos é considerado o melhor jogador do mundo na sua posição. Com os espanhóis, é um dos líderes do elenco e conquistou três vezes a Uefa Champions League.

Já Thiago Silva seguiu um caminho diferente de Carlos Alberto e Marcelo. Foi cedo para a Europa, não se adaptou e retornou ao Fluminense em 2005. Tornou-se titular e foi um dos pilares do time campeão da Copa do Brasil em 2007 e vice-campeão da Libertadores no ano seguinte. Foi negociado com o Milan, da Itália, e se firmou como um dos grandes zagueiros na Europa. Atualmente defende o Paris Saint-Germain, da França. 

Marcelo e Thiago Silva jogaram juntos no Fluminense em 2006 (Foto: Fernando Maia)
Marcelo e Thiago Silva jogaram juntos no Fluminense em 2006 (Foto: Fernando Maia)

Por outro lado, Fernando Henrique e Diego Souza se firmaram no futebol nacional. O goleiro viveu grande fase como titular do Fluminense durante alguns anos e conquistou os títulos da Copa do Brasil de 2007 e do Brasileirão de 2010. Já o meia continua sendo um dos grandes nomes do mercado. Atualmente defende o Sport, de Recife, mas sempre algum clube grande fica de olho. 

Antes da reforma em Xerém, o Fluminense ainda revelou mais talentos como Maicon, Alan, Wellington Silva e Wellington Nem. Os dois primeiros foram destaques na campanha do 'Time de Guerreiros' que escapou do rebaixamento em 2009 e, em seguida, se transferiram para a Europa. Em 2010, surgiu Wellington Silva (que foi negociado com o Arsenal, da Inglaterra, ainda na base e teve poucas chances nos profissionais). Por fim, Wellington Nem foi um dos destaques do time campeão Brasileiro em 2012 e um dos pilares daquela equipe.

Wellington Nem foi um dos destaques do time campeão brasileiro em 2012 (Foto: Nelson Perez)
Wellington Nem foi um dos destaques do time campeão brasileiro em 2012 (Foto: Nelson Perez)

Nova geração dos 'Moleques de Xerém': vice da Copinha, mas muitas revelações 

Nos últimos anos o Fluminense modernizou Xerém e aperfeiçoou a maneira de revelar jogadores. O Tricolor adotou uma filosofia de jogo própria e uma metodologia de treino para todas as categorias, algo parecido com o que faz o Barcelona. Além disso, após o título Brasileiro de 2012, os jovens começaram a ganhar mais oportunidades na equipe principal. 

Em 2012, o Fluminense disputou sua última final da Copa São Paulo de Futebol Junior. A equipe foi derrotada de virada pelo Corinthians e terminou com o vice-campeonato, mas nomes como Fabinho e Marcos Junior se destacaram. O primeiro, foi para a Europa e atualmente defende o Mônaco, da França, e nos últimos anos despertou interesse de grandes equipes. O segundo permanece no clube até hoje. 

Marcos Junior foi um dos destaques do Fluminense na Copinha de 2012 e continua no clube até hoje (Foto: Buda Mendes/Getty Images)
Marcos Junior se destacou na Copinha de 2012 e continua no clube até hoje (Foto: Buda Mendes/Getty Images)

Após a saída da Unimed em 2014, o Fluminense passou a apostar mais ainda nas categorias de base. Jogadores como Gerson, Kenedy e Marlon foram negociados com Roma (Itália), Chelsea (Inglaterra) e Barcelona (Espanha), respectivamente. Além disso, nos últimos anos o meia Gustavo Scarpa se transformou no principal jogador da equipe. Com exceção do meia da equipe italiana, os outros jogaram juntos na Copinha de 2013.

Em 2015, o Fluminense foi semifinalista da Copinha e conquistou o título do Brasileiro sub-20. Dois anos depois, nomes como Douglas, Marcos CalazansMatheus Alessandro e Pedro começaram a ganhar mais destaque na equipe principal. Em 2017, Wendel foi um dos destaques da equipe na Copa São Paulo de Futebol Junior e, rapidamente, também se tornou destaque na equipe principal, chamando a atenção de clubes como Paris Saint-Germain (França) e Sporting (Portugal). 

Wendel se destacou rapidamente na equipe principal e chamou atenção de times europeus (Foto: Nelson Perez)
Wendel se destacou rapidamente na equipe principal e chamou atenção de times europeus (Foto: Nelson Perez)
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