Andrés Sanchez, 54, velho conhecido da Fiel Torcida, enfim voltou a sentar na cadeira presidencial do Corinthians. O cartola foi eleito neste sábado (03) com 33,9% dos votos, e já assume na próxima segunda-feira (05) quando dará início ao seu mandato de três anos. Essa será a segunda passagem do dirigente como presidente do Timão. Relembre o primeiro mandato.

Rebaixamento e ressurreição na segunda divisão

Em 2007, quando o Corinthians vivia uma intensa crise política após os reflexos negativos deixados pela parceira MSI e pela gestão conturbada do então ex-presidente Alberto Dualib - que renunciou ao cargo em agosto de 2007 - Andrés assumiu. Ao final deste mesmo ano, o Corinthians foi rebaixado para a segunda divisão pela primeira vez em sua história. Era o primeiro grande desafio da era Sanchez: recolocar o clube na elite do futebol brasileiro, e realizar uma grande reestruturação administrativa.

A lembrança da torcida alvinegra por Andrés são de títulos, como a Copa do Brasil e Paulistão de 2009, Brasileirão de 2011, e alguns feitos significativos como a contratação de Ronaldo Fenômeno. Mas como diz o velho ditado, nem tudo foram flores na vida do dirigente à frente do Timão. Rebaixamento, derrota na final da Copa do Brasil de 2008, eliminação na Libertadores de 2010 - no ano do centenário do clube -, e fracasso no Brasileirão do mesmo ano, também marcaram a passagem de Sanchez como presidente. 

Mais recentemente, apesar de não ocupar o cargo de presidente à época, o cartola foi o principal pioneiro por costurar o acordo de construção da Arena Corinthians, e colocar a atual casa do Timão como abertura da última Copa do Mundo, disputada em solo brasileiro. Os altos e baixos de Andrés remetem ao torcedor alvinegro uma mista sensação de desconfiança e idolatria, mas uma frase do dirigente marcou todos os corinthianos logo após o rebaixamento da equipe em 2007: "quem riu, riu, quem não riu, não vai rir mais". 

Contratação de Ronaldo, títulos e manobras políticas

Andrés estava certo. Á partir de 2008, apesar de fracassar em algumas competições sob a sua gestão, o clube se reconstruiu administrativamente, retornou a elite do futebol brasileiro, e não parou de vencer até os dias atuais quando ele mesmo retoma o poder que jamais deixou de ter, principalmente nos bastidores. Para muitos a grande cartada foi a contratação de Ronaldo Fenômeno, em 2009, que colocou o clube em outro patamar no cenário esportivo.

Após o "efeito fenômeno", o clube faturou nada mais do que três títulos em três anos de gestão. Sendo um Campeonato Brasileiro, uma Copa do Brasil e um Paulistão. Como uma grande empresa, completamente fiel aos seus padrões, a chapa de Sanchez que leva o nome de "Renovação e Transparência", elegeu mais dois presidentes sob a sua tutela: Mário Gobbi, e Roberto de Andrade. Todos eles completaram os seus mandatos, e mais títulos foram conquistados, inclusive a tão sonhada Libertadores da América de 2012.

Nos bastidores, a atuação de Andrés também foi fundamental para a decolagem do clube. Foi pelas mãos dele que o Corinthians deixou o Morumbi de lado, passou a mandar todos os jogos no Pacaembu, e posteriormente na Arena Corinthians, afetando diretamente a parte econômica do rival.