A estratégia do Atlético-PR de colocar um time alternativo, cheio de jovens para disputar o Campeonato Paranaense, divide opiniões entre os torcedores do clube. Enquanto uns acham que é a decisão correta a se tomar, para priorizar competições mais importantes, outros acham que jogar com a equipe principal, daria mais ritmo de jogo. De toda forma, a verdade é que os jogadores escolhidos para o time alternativo, vêm dando conta do recado, aliando juventude e qualidade.

João Pedro - Craque do time

Foto: Miguel Locatelli / Site Oficial CAP

Responsável por nove gols do Furacão e, possivelmente, o craque do Campeonato Paranaense, João Pedro deixou de participar da partida de estreia contra o Maringá, por estar sendo negociado com o América-MG. Como a negociação não deu certo, ele logo assumiu a condição de titular e, no clássico contra o Paraná, fez um dos gols, além de dar duas assistências para gols de Felipe Dorta e Léo Pereira.

No restante da competição, ele continuou comandando o time, mesmo após a sofrida eliminação contra o Rio Branco, ainda no primeiro turno, se tornando um dos motivos pelos quais a equipe rubro-negra está invicta até hoje no estadual. Com bom passe, bola parada de qualidade e precisão no arremate, vai surpreender se não for aproveitado por Fernando Diniz no Brasileiro.

Bruno Guimarães – Qualidade e segurança

Foto: Miguel Locatelli / Site Oficial CAP

Antes mesmo de pensar em chegar ao cargo de técnico do Atlético-PR, Fernando Diniz já contava com a qualidade do volante Bruno Guimarães, de 20 anos, no Audax. Mesmo assim, pela inexperiência, o jovem foi colocado no time alternativo do Furacão, para ser comandado (de forma competente, é bom que se diga) pelo técnico Tiago Nunes.

Ao lado do experiente Deivid, foi peça fundamental no meio-campo atleticano, dando ao Furacão excelente saída de bola e boa chegada na frente, o que ajudou João Pedro a ter menos responsabilidades defensivas e poder criar mais. O bom desempenho fez com que não demorasse muito para que fosse relacionado em algumas partidas para o time principal, desfalcando a equipe alternativa em alguns jogos.

Diego – Velocidade e equilíbrio

Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial CAP

Revelado nas categorias de base do Botafogo, o lateral-direito Diego Ferreira, de 22 anos, teve poucas chances no time de General Severiano e logo se transferiu para o futebol mexicano, onde também não jogou muitas vezes. Mesmo assim, o Atlético-PR resolveu apostar no garoto, dando uma chance no time alternativo, para quem sabe, poder aproveitá-lo no principal.

Quando chegou ao Furacão, Diego teve que amargar o banco de reservas. Isso porque, Cascardo, que já estava no time rubro-negro há algum tempo, tinha a confiança do técnico Tiago Nunes. Como não começou bem o estadual, Cascardo perdeu a vaga entre os 11 iniciais e viu Diego assumir essa condição e não largar mais. Durante o estadual, o lateral se destacou por mostrar velocidade, e principalmente, equilíbrio, sendo bom na parte ofensiva, sem descuidar da defesa.

Léo Pereira – As vaias sumiram

Foto: Fabio Wosniak / Site Oficial CAP

Contestado quando saiu da base do Furacão, Léo Pereira sofreu com a falta de chances e o descrédito da torcida atleticana. Por isso, teve que rodar por vários outros clubes, inclusive do exterior, para tentar ganhar cancha. Não aconteceu. No Guaratinguetá, onde mais jogou, por pouco não foi rebaixado; no Náutico, mais tempo no banco que jogando e no Orlando, chegou a ser relegado ao time B.

De volta ao Atlético, ganhou a confiança de Tiago Nunes e da torcida, já que junto com Zé Ivaldo, formou dupla de zaga que deu ao Furacão a melhor defesa do Campeonato Paranaense. Tiago Nunes chegou a elogiá-lo depois da última partida: “É um daqueles atletas que foi lançado muito cedo no Atlético e, por ter sido lançado muito cedo, oscilou performance e vem fazendo um grande campeonato”, afirmou.