Na quarta-feira (11), o Fluminense receberá o Nacional Potosí, às 21h45, no Maracanã, pelo jogo de ida da primeira fase da Copa Sul-Americana. Em entrevista coletiva, nesta terça-feira (10), o técnico Abel Braga comentou sobre seu adversário.

"É uma equipe que nós vinhamos analisando há três jogos, com informações de gente da Bolívia. Chegaram três argentinos que foram contratados para participar da Sul-Americana. No Campeonato local só podem três. Já tem os três, o treinador argentino, só para jogar a competição, então são jogadores de valor, nos desconcertam um pouco em tudo", afirmou Abel.

Mesmo algumas mudanças na Sul-Americana durante os últimos anos, o treinador afirmou que a competição é considerado um prêmio de consolação para quem não consegue a classificação para a Libertadores. "Vem mudando porque a Conmebol valorizou a competição. Não deixa de ser um prêmio de consolação. Eu acho até justo, porque é uma luta dura para chegar na Libertadores. É um prêmio, mas jogar numa altitude de 4000m é complicado. Causa apreensão para um primeiro jogo. Sempre com a preocupação de não sofrer gols aqui, principalmente", comentou o técnico.

(Foto: Divulgação / Fluminense FC)

A partida de volta contra o Nacional Potosí será no estádio mais alto do mundo, o Estádio Víctor Agustín Ugarte, localizado a 3.960 metros do nível do mar. Para Abel, os donos da casa possuem vantagem por causa da altitude e, dessa forma, ressalta necessidade de vitória no Maracanã. 

"O futebol exige muito. A Sul-Americana exige muito. Eu estou tranquilo. Não vamos mudar nossa forma de jogar, mas é impossível deixar de pensar que não vai ser mais difícil jogar a 4000m de altura. É uma coisa absurda. Dá uma vantagem muito grande para quem está acostumado. Essa equipe está conseguindo resultado melhores fora de casa. Eu não conheço os argentinos, mas o volante colombiano e os dois atacantes são jogadores bem interessantes. Esse volante é um Wendel mais alto, e está num momento muito bom. Jogador incrível", disse.

Na Sul-Americana de 2017, o Fluminense precisou decidir a classificação para a próxima fase, duas vezes, na altitude: contra a Universidad Católica (EQU), ainda na fase de grupos, e contra a LDU, nas oitavas de final. Na ocasião, o Tricolor possuía em seu elenco muitos jogadores jovens, que nunca haviam participado de um jogo nessa situação. 

"Tínhamos jogadores que nunca haviam participado em um jogo por lá. Dessa vez só temos Ibañez e Ayrton que nunca jogaram na altitude. É uma equipe de meninos, mas não é uma equipe tão jovem quanto do ano passado. Vamos para o jogo sabendo o que temos que fazer, o que não se deve fazer, porque tem 180 minutos, e os últimos 90, independente do jogo daqui, serão de dificuldade maior", completou.