Neste fim de semana, mais precisamente na sexta-feira (13), às 20h30, começa a Série B do Campeonato Brasileiro 2018 para o Atlético Clube Goianiense. Campeão na temporada de 2016, o Dragão inicia sua jornada em busca do bicampeonato da competição diante do Criciúma, jogando em casa, no Olímpico. A VAVEL Brasil preparou um especial para esmiuçar o rubro-negro de Goiânia, em seus pontos principais e expectativas.

Campanha até aqui: Goianão decepcionante e eliminação precoce na Copa do Brasil

Como diria Kátia "Cega", "não está sendo fácil" o começo do ano atleticano. No campeonato estadual, uma performance pífia, sequer passando da parte classificatória. Integrante do Grupo A, onde dois clubes seguiriam para as semifinais, o Dragão ficou no nada honroso quarto lugar, com 18 pontos. Quatro atrás da Anapolina, que pegou a segunda vaga. A primeira foi do rival, Goiás.

Pela Copa do Brasil, um confronto que poderia ser relativamente fácil, trouxe pesadelo e um vexame na conta. No dia 7 de fevereiro, pela primeira fase do torneio, derrota fora de casa para o Altos, do Piauí, por 2 a 1, proporcionando ao clube a pior campanha de sua história.

O pior momento atleticano na temporada: a eliminação precoce na Copa do Brasil (Foto: Divulgação/ACG)
O pior momento atleticano na temporada: a eliminação precoce na Copa do Brasil (Foto: Divulgação/ACG)

Contratações: reforços para mudar o panorama da temporada

Se as coisas não estão fáceis, é preciso se mexer e buscar no mercado peças para virar a maré. E o Atlético foi às compras - ou, aos empréstimos. Junto ao Cruzeiro, até o fim da temporada, o clube goiano acertou o empréstimo do atacante Renato Kayser, de 22 anos. Além do jogador, também chega ao clube o lateral-direito Carlos Henrique, de 23 anos, adquirido junto ao Itabaiana-SE.

Para o meio-campo, o Dragão trouxe o meia cearense Bileu, de 29 anos, que estava no Linense, equipe do interior paulista. Ao todo, foram 11 contratações. Além das já citadas, chegaram o goleiro Jefferson, o lateral-direito Alisson, os zagueiros Oliveira e Victor Oliveira, o meia João Paulo, o volante Warian e os atacantes André Luís e Júnior Brandão.

Apresentação do lateral-direito Alisson e do zagueiro Oliveira (Foto: Paulo Marcos/ACG)
Apresentação do lateral-direito Alisson e do zagueiro Oliveira (Foto: Paulo Marcos/ACG)

Campanha na temporada anterior: passagem relâmpago pela Série A

2016 foi o ano dos sonhos, do maior título da história atleticana, a conquista da Série B, de modo impecável. Em 2017, um choque de realidade. Na primeira divisão, o rubro-negro fez a pior campanha dentre os 20 participantes, somando apenas 36 pontos em 38 jogos. Foram 9 vitórias, 9 empates e mais de um turno apenas de derrotas, 20. Aproveitamento ínfimo de 31%.

Um dos nove empates do rubro-negro na Série A 2017: 1 a 1 em casa diante do Bahia (Foto: Paulo Marcos/ACG)
Um dos nove empates do rubro-negro na Série A 2017: 1 a 1 em casa diante do Bahia (Foto: Paulo Marcos/ACG)

O que esperar?

Em meio a Série B 2018, o Atlético vive sua segunda reconstrução. Com praticamente um time contratado, é necessário que o time se acerte o quanto antes, para almejar o segundo título do campeonato em sua história. Justamente devido a reformulação, o time da capital goiana não entra como um dos favoritos ao título, mas o passado recente pode servir de inspiração para a construção de um caminho, ainda que sinuoso, frutífero, com um novo acesso para a primeirona.

Um dos momentos de alento do Dragão no ano, a vitória sobre o rival goiás (Foto: Fernando Oliveira/ACG)
Um dos momentos de alento do Dragão no ano, a vitória sobre o rival Goiás (Foto: Fernando Oliveira/ACG)

Pontos fortes e pontos fracos

Um dos piores ataques do Goianão, o Dragão não tem no setor ofensivo seus melhores atributos. Na temporada, foram apenas 14 gols marcados em 15 jogos, média inferior a um gol por partida. Tanto que, do meio para frente, foram várias as dispensas. Dentre elas, o centroavante Vinícius Tanque.

Bola na rede é item precioso para o lado atleticano (Foto: Fernando Oliveira/ACG)
Bola na rede é item precioso para o lado atleticano (Foto: Fernando Oliveira/ACG)

Se o ataque é preocupante, a defesa é um motivo de alento, ainda que sejam 16 gols sofridos nas mesmas 15 partidas. Porém, há um ponto positivo a se ressaltar: o Atlético não levou mais de dois gols em uma partida, o que demonstra uma certa consistência, tornando-se necessário focar no aprimoramento do setor de ataque. Além disto, são seis empates na temporada, ante quatro vitórias e cinco derrotas.

Fique de olho: Tomás Bastos

Tomás Almino Bastos Silva, de 25 anos, é o cara dos gols atleticanos. Artilheiro da temporada, balançando as redes adversárias quatro vezes, o meia canhoto participou de 13 das 15 partidas na temporada, contribuindo diretamente com gols decisivos, que trouxeram vitórias a equipe, como diante de Aparecidense e Anápolis. Além destes, o meia marcou o gol único da vitória no clássico diante do Goiás, por 1 a 0, no dia 11 de março.

Foto: Paulo Marcos/ACG
Foto: Paulo Marcos/ACG

Treinador: Cláudio Tencati

Contratado no princípio da temporada, substituindo o atual auxiliar, João Paulo Sanches, após a derrota por 2 a 1 diante do rival Vila Nova, em partida válida pela quarta rodada do Campeonato Goiano, Tencati iniciou sua carreira no Londrina, em 2013. No comando do time atleticano há 11 jogos, são quatro empates, quatro vitórias e três derrotas.

Foto: Paulo Marcos/ACG
Foto: Paulo Marcos/ACG

A casa: Estádio Olímpico de Goiânia

Ainda que realize os clássicos e alguns jogos de maior expressão no Serra Dourada, o palco principal das partidas do Atlético-GO é o Estádio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira, localizado no Setor Central da capital. Com capacidade para 12055 espectadores, o charmoso estádio foi demolido e levou 10 anos para ser reconstruído, tendo sua obra entregue em agosto de 2016.

Foto: Agetop/Governo do Estado de Goiás
Foto: Agetop/Governo do Estado de Goiás