Com apenas 19 anos, Jaqueline Ribeiro é um nome promissor para o Brasil no futebol feminino. Atacante, veste a camisa da Seleção Brasileira Sub-20 e atualmente representa a equipe do São Paulo, a jovem atleta já passou pela Portuguesa e pelo Santos. A equipe da VAVEL falou com a jogadora e ela contou curiosidades do início de sua carreira, suas inspirações, expectativas para o futuro e deixou um recado para as futuras atletas.

Junto com a seleção, a jogadora conquistou um título. Com 100% de aproveitando, 23 gols marcados e apenas um sofrido, as brasileiras venceram o Sul-Americano, disputado na Argentina. A atacante foi titular em três partidas, marcou dois gols e distribuiu duas assistências. O título representa a Liga Sul-Americana Zona Sul, em que enfrentaram as seguintes seleções: Argentina, Bolívia, Chile e Uruguai. Em 2020, a equipe volta para a disputa contra a Zona Norte, com as seleções: Equador, Colômbia, Peru, Paraguai e Venezuela.

Pelo São Paulo, Jaqueline, disputa a final do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, os dois times brigam pelo estadual. Com as camisas de time, ganhou o Campeonato  Paulista em 2018 com Santos e com o São Paulo ganhou o Brasileiro A-2 neste ano.

VAVEL- Quando você percebeu que queria ser jogadora de futebol? Teve apoio total da sua família?
Jaqueline: Desde muito cedo eu sempre amei futebol, sempre acompanhei o meu pai jogando na várzea e a partir disso o sonho de ser jogadora nasceu em mim!! E graças a Deus a minha família sempre me apoiou e me incentivou.

V: Como está sendo jogar no São Paulo?
J: Está sendo incrível, é um time que me fez crescer muito, me fez ganhar confiança e acreditar em mim mesma!

Foto: NaTrilhadaVan    

V: De onde veio a sua inspiração com o futebol? Sonha em jogar com alguma atleta?
J: Acredito que sempre me inspirei no meu pai, desde criança. Como disse, sempre acompanhei ele em tudo. E ele sempre foi a minha maior inspiração. Entretanto admiro muito o futebol da Rapinoe (Megan), e talvez seja um sonho distante, mas adoraria muito pelo menos jogar uma altinha com ela (risos).

V: Você acredita que a Copa do Mundo da França de 2019 foi um divisor dentro do Futebol Feminino, acredita que deu mais visibilidade para o esporte?
J: Acredito que sim! O mundo parou para prestigiar o nosso futebol feminino. Pela primeira vez eu senti um pouco de “ valorização “ pela modalidade!

V: Como foi a experiência da Sul Americana na Argentina? Pela Sub-17 você já havia garantido o vice campeonato em 2015 e agora traz o título. Qual o próximo passo?
J: Foi uma experiência muito boa! Vestir a amarelinha é sempre uma honra né, e conquistar títulos vestindo ela é uma sensação única! Acredito que esse título foi apenas o começo de grandes coisas que vamos conquistar pela sub 20! Estamos FOCADÍSSIMAS no sul-americano e Principalmente no mundial ano que vem.

V: A Pia Sundhage esteve presente em um dos treinos durante a concentração. Dá um nervosismo vê-la e pensar que ali está uma oportunidade de representar a Seleção na próxima Copa do Mundo?
J: Ao invés de nervosismo a Pia transmite segurança para todas nós, ela acredita no trabalho bem feito, na dedicação das atletas e no comprometimento!! E eu vou buscar estar nesse perfil de atleta, para assim ter várias oportunidades, não só na seleção.

V: De volta no Brasil, agora o foco é na final do Paulista. Qual sua expectativa? Qual a sensação pra você aos 19 anos ganhar um título pela seleção e disputar um título regional com seu time, no mesmo ano?
J: Estou muito feliz com as conquistas no momento! com o título pela seleção e por estar na final do paulista, graças às minhas companheiras de equipe !
A expectativa é a melhor possível! Estou confiante, acredito demais no meu time, e na capacidade de cada uma! Vamos dar muito trabalho, acreditem!

V: Qual mensagem você deixaria para meninas que querem seguir o mesmo sonho?
J: Acreditem em vocês e acreditem nos seus próprios sonhos! Lutem por eles, por mais difíceis que sejam corram atrás, se dediquem! Não deixem que ninguém estrague os seus sonhos! Pois você é protagonista da sua própria história.