Aquela famosa compreensão da racionalidade por conta daqueles que têm a missão de estruturar uma equipe, enquanto a euforia é tida por quem assume a função de torcer, foi desconstruída no Cruzeiro deste ano.

A cada rodada que se passa, mais se escancara as fragilidades apontadas pelo torcedor e silenciadas por protecionistas, desobedientes do mérito, justiça e hierarquia técnica.  

Abel Braga colecionou mais declarações desconexas da realidade – desde exaltação a importância do David à valorização dos experientes – do que vitórias. Em sintonia, se viam fiéis que, apesar de motivados pelo amor, enxergavam nos mesmos elogiados pelo comandante, o oposto.

A emoção tomou conta de Abel! Quando treinador do Fluminense, obteve êxitos com Thiago Neves e Fred. A insistência nestes ao chegar na equipe celeste permitiu a impressão do paternalismo. Os torcedores, por sua vez, pediam mais oportunidades aos jovens da casa que, logo mais, seriam os principais responsáveis para alguma esperança celeste.

A defesa consistente composta por Cacá e Fabricio Bruno; vitórias protagonizadas por Éderson; e a regularidade de Orejuela comprovaram a boa observação do torcedor, e desmanchou a tese da experiência como sendo o ideal para lidar com essa situação.

O Cruzeiro de Abel Braga tem superioridade em posse de bola, empates, cruzamentos e injustiças.  

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