No ano trágico que terminou no rebaixamento inédito do Cruzeiro, Robinho foi tão criticado quanto seus experientes companheiros. Apesar de situações específicas vindas de atletas como Dedé e Thiago Neves que despertaram maiores nervos nos torcedores, o meia esteva no ‘pacote’ daqueles que nada rendiam em campo.

Nenhuma polêmica ligada diretamente ao nome de Robinho foi noticiada e, portanto, as críticas ao jogador direcionavam-se por seu rendimento dentro das quatro linhas. De fato, a ideia de que os medalhões teriam derrubado o Ceni apresentam um tom de presença do jogador, mas nada foi noticiado de que o atleta teria sido ativo à ideia.

Esse é o ponto inicial num tratamento diferente dos cruzeirenses para com o meia e o aval à sua permanência em 2020: a crise técnica tida pelo jogador é desculpável, pois seus erros – até onde sabemos – não tiveram presença de condutas antiéticas e desobediência à hierarquia. Além disso, por diversas vezes, Robinho declara carinho ao cruzeiro.

“Eu não vou sair do Cruzeiro”, afirmou quando soube que o Internacional tinha interesse em seu futebol, em maio do ano trágico.

Em entrevista feita no canal do Cruzeiro nessa terça-feira (7), pelo Youtube, no qual contou com as presenças dos jornalistas Glayson Nage e Gustavo Nolasco, além de sócio-torcedores, ele revelou que recebeu propostas para sair, mas que se dispôs a ajudar o clube nesta reconstrução.

Não bastasse o carisma nas entrevistas, a necessidade de sua experiência, o carinho confesso pela Raposa e erros perdoáveis na última temporada, Robinho tem a seu favor a história: são 180 jogos com a camisa celeste, 25 gols e 4 títulos – Campeonato Mineiro (2018 e 2019) e Copa do Brasil (2017 e 2018).