Nesta sexta-feira (09), o defensor Artur Vieira comentou sobre as suas seis passagens pelo Fluminense entre 2015 e 2019. Neste período, ele foi pouco aproveitado no Tricolor Carioca e foi alvo de várias negociações por empréstimo. Atualmente, o atleta brasileiro está no mercado asiático vestindo a camisa do Khon Kaen (Tailândia). 

Vieira chegou ao Fluminense em 2015, após ter sido emprestado pelo Nova Iguaçu-RJ. Em seguida, ao fim do período de empréstimo, o clube das Laranjeiras acertou a compra do jogador. Em entrevista exclusiva à VAVEL Brasil, Artur disse que planejava jogar no Rio de Janeiro. Entretanto, esperava ter recebido mais oportunidades na equipe. 

“Um momento de realização pessoal onde pude estar realizando um sonho, de estar vestindo essa camisa que eu sempre almejava um dia trabalhar por esse clube. Eu trabalhava muito para poder ajudar o Fluminense com meu futebol. Queria muito ter tido mais oportunidades e sei que estava pronto para ajudar. Porém, tem coisas no futebol e algumas pessoas que prejudicam o próximo para se beneficiar a si próprio, mas sei que eu tinha e tenho muita condição de ter uma sequência numa equipe grande.”

O primeiro clube de expressão nacional que o zagueiro atuou em sua carreira foi o Atlético-GO. No Dragão, ele jogou aproximadamente três anos ininterruptos até ser transferido para o Nova Iguaçu-RJ. Sendo assim, o jogador falou sobre este período de constância na sua carreira.

“O Atlético-GO foi um clube muito importante. Fiquei três anos atuando. Nos três primeiros meses eu tive propostas de equipes para poder sair e foi assim até o final. Ao longo desses três anos eu segurei até onde eu podia, porém, o clube tinha muita dificuldade financeira na época. Esses problemas fazem com que algumas dificuldades surgem dentro e fora de campo. Com isso ficou difícil viver daquele jeito e então preferi sair.”

Durante esse longo período entre idas e vindas nas negociações por empréstimo, Vieira passou por grandes clubes brasileiros. Entre eles, estão: América-MG, Goiás e Paraná. Portanto, ele nos contou como é o ambiente no time quando o profissional chega de um outro grande clube.

“Quando você chega por empréstimo de um clube grande, tem um preconceito interno muito grande com o seu salário. Acham que você não pode errar em nenhum momento por estar vindo de um clube grande, mas aonde eu passei sei que dei o meu melhor. Fui sempre profissional e quando precisaram do meu trabalho eu correspondia a altura”, disse Artur à VAVEL Brasil.

Depois que foi vendido do Fluminense para o Vila Nova-MG em 2019, ele obteve a sua primeira oportunidade internacional. Não pensou duas vezes antes de aceitar a proposta do Barito Putera (Indonésia). O clube disputa a primeira divisão do Campeonato Indonésio.  

“Um treinador brasileiro que trabalhava na Indonésia, acompanhava meu trabalho e perguntou se eu tinha interesse em jogar fora do Brasil. Na época eu estava em um momento não  feliz com o futebol brasileiro e então preferi acompanhar de perto esse novo desafio. Foi ótimo,  conheci uma cultura diferente, uma torcida enlouquecida por futebol que respiram o esporte em tudo. Foi incrível esse desafio. Eu sempre tive vontade de jogar na Ásia e saber como era. Então, quando tive essa oportunidade, não deixei passar. Sempre me imaginava jogando na Ásia e hoje realizei.”

Longe dos holofotes do futebol coreano, chinês e japonês, Artur vem se destacando na Tailândia representando o Khon Kaen na segunda divisão. Um país um tanto quanto exótico para os brasileiros, mas que ele está conseguindo se adaptar.

“Foi fácil. Eles ajudam a gente bastante com a língua, traduzem para o inglês tudo, e todos os jogadores me receberam da melhor maneira possível. O único ruim é que estou sem minha família, mas minha adaptação foi ótima e rápida, em dois meses eu já estava me sentindo bem.”

Artur Vieira também comparou o estilo de futebol disputado na Tailândia em relação ao Brasil. Na sua opinião, são formas parecidas de jogar com poucas diferenças entre si.

“O futebol Tailandês não é tão veloz como na Indonésia. É um futebol mais tático. Acho o futebol tão bom quanto o do Brasil, porém, com uma qualidade menor de jogadores que fazem a diferença. Mas também tem muita qualidade, são jogos bem difíceis e os estrangeiros são muito importantes para dar qualidade ao futebol da Tailândia.”

Após o empate no clássico contra o Khon Kaen United por 3 a 3, o time tailandês entra em campo no domingo (18), às 9h (de Brasília), para enfrentar o Uthai Thani fora de casa em partida válida pela Thai League.