O mercado do futebol, assim como várias outras profissões, sofre com a insegurança econômica que o Brasil atravessa, agravada com a pandemia do novo coronavírus.

Muitos atletas, principalmente os recém profissionalizados, lutam para conquistar uma concorrida nova oportunidade na carreira. A Vavel Brasil conversou com o meia atacante Matheus Klemer, de 22 anos, que falou sobre o cotidiano e os desafios para encontrar um novo clube no atual cenário mundial.

Trajetória

Klemer saiu de casa aos 13 anos, para jogar na Ponte Preta. Depois, passou por Funorte-MG, Santa Helena Esporte Clube-GO, Rio Branco/ES, Nova Serrana-MG, América-MG e Marília. Em abril de 2019, ele se profissionalizou no Rio Verde-GO.

Seu último clube foi o KS Gramozi, da Albânia, do qual ele saiu em setembro de 2020, após o calendário no país chegar ao fim. Também não havia interesse do atleta em continuar na equipe, pois ele estava sendo negociado. Contudo, a transação não evoluiu, por causa de problemas de documentação.

Diante disso, ele retornou à sua cidade natal, Salinas, no interior de Minas Gerais, para ficar com a família, enquanto aguarda uma nova oportunidade na carreira.

A minha vida, hoje, é em casa. Devido à pandemia, está muito complicado. Venho aprimorando minha parte física sozinho, dentro de casa mesmo. Sempre que posso, estou treinando, fazendo os exercícios que sei. Também peço orientações para preparadores físicos. Tenho alguns conhecidos e amigos [no futebol] que estão na procura de um novo clube para mim. Mas, não existe nada concreto. Enquanto isso, venho trabalhando da melhor forma, esperando e confiando em Deus, para quando surgir a oportunidade, eu estar bem preparado”, conta o meia atacante.

Matheus Klemer treina por conta própria (Foto: Arquivo pessoal)
Matheus Klemer treina por conta própria (Foto: Arquivo pessoal)

Desafios

Se mesmo os atletas com bagagem e rodagem possuem dificuldades em buscar recolocação no mercado futebolístico atual, o desafio pode ser maior para aqueles que estão há pouco tempo no profissional.

A pandemia afetou bastante nossa vida (jogador profissional), pelo simples fato do mercado ser muito grande, concorrido para nós, jogadores novos, todos buscando seu espaço no mundo da bola. Os clubes, às vezes, não possuem condições de nos manter, não querem ou preferem manter o que já tem, com jogadores mais rodados e experientes. Aí falta oportunidade de emprego para nós, jovens, que estamos subindo agora", afirmou o jogador.

Cruzeirense, Matheus Klemer sonha em atuar, um dia, pelo clube do coração. Porém, ainda maior do que essa ambição, ele deseja ajudar os familiares e pessoas carentes.

Confira lances do atleta na carreira: