As punições caíram como uma bomba para as equipes que disputam a Série A2 do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. Ciente das irregularidades, a Procuradoria denunciou os clubes por infração ao artigo 214 do CBJD por “incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente”.

O JV foi denunciado por ter usado a atleta Thaisa nas partidas contra o Mixto-MT e Tuna Luso-MA, em 11 e 17 de maio, pelo Brasileiro Feminino A2. A jogadora estava em situação irregular por ter sido expulsa de campo em 13 de setembro de 2015, quando ainda defendia o Viana. Como não atuou em mais nenhuma competição nacional até sua transferência para o JV, Thaisa tinha duas partidas pendentes de cumprimento na temporada 2017 e não poderia entrar em campo. O clube foi punido com a perda de seis pontos e multa de R$ 500,00. Com a perda de pontos, o JV cai para a penúltima colocação com apenas 1 ponto, à frente do Mixto-MT, lanterna do campeonato.

Advogado do clube maranhense, Brand Costa se mostrou chateado com a situação. “A atleta foi suspensa quando atuava na Série A1 e no Lideral a atleta joga na Série A2. O Lideral é um clube de Imperatriz , no Maranhão, e é o único clube feminino da região. De pequeno porte e se vê numa situação dessa podendo ser punido com a perda de pontos e multa que vai afetar, com certeza. Há que se destacar ainda que não houve qualquer dolo do Lideral em escalar essa atleta. A defesa pede que seja aplicada a multa mínima ao clube”, disse a defesa, que levantou ainda a preliminar de prescrição da pena.

O CRESSPOM foi denunciado por relacionar a atleta Danúbia nas duas primeiras partidas da competição contra o UDA-AL e Aliança-GO, em 11 e 17 de maio com punição pendente. Expulsa em 2016 quando ainda defendia o Barcelona-RJ, a atleta foi punida com uma partida de suspensão no STJD e deveria cumprir na próxima competição nacional que disputasse. A equipe do Distrito Federal foi punida com perda de seis pontos e multa de R$ 300.

Enquanto isso, o Viana relacionou as atletas Perla, Rita de Cássia e Raquel na partida contra o Tiradentes, realizada no dia 11 de maio, todas sem condição de jogo. Perla e Rita de Cássia não tinham registro da Diretoria de Registros e Transferências da CBF, enquanto Raquel teve o nome publicado no BID no próprio dia 11 e só poderia ser relacionada a partir do dia seguinte. O time maranhense foi punido com perda de três pontos e multa de R$ 100.

A votação foi por unanimidade dos votos, mas a decisão cabe recurso.