Oswaldo de Oliveira não é mais o técnico do Atlético-MG. A decisão foi anunciada na manhã desta sexta-feira (9) através da assessoria do clube. Devido a isso, o presidente Sérgio Sette Câmara e o diretor de futebol Alexandre Gallo compareceram à Cidade do Galo para explicar a situação. Os discursos foram semelhantes: a falta de evolução técnica culminou na demissão do treinador. 

"A decisão foi técnica. Contratamos um time que pudesse executar um jogo melhor. Nós sentimos que não estava tendo evolução técnica. Fizemos um bom primeiro jogo, mas a evolução não veio acontecendo durante o caminho. Esse último jogo nos preocupou muito. O próprio jogo contra Patrocinense também, nós tínhamos que ter continuidade", disse Alexandre Gallo.

Sette Câmara também enfatizou que Oswaldo tem passado por problemas pessoais. O treinador foi ausência diante da URT, pelo Campeonato Mineiro, devido a uma cirúrgia dentária e precisou tomar remédios antibióticos. Apesar da demissão, o presidente espera que o ex-treinador não carregue mágoas. 

"Oswaldo de Oliveira é querido em todos os clubes que trabalhou. No Santos, no Rio, para nós ele vai deixar muita saudade. É uma amizade grande que espero que continuemos a ter. Espero que ele não fique com mágoa, mas foi preocupante nossa atuação no Rio Branco e medidas tinham que ser tomadas", declarou o presidente.

Os resultados negativos neste início de ano também não ajudaram. No Campeonato Mineiro, onde o Galo é o terceiro colocado – cinco pontos atrás de Cruzeiro e América, líder e vice-líder, respectivamente –, a equipe teve duas vitórias, dois empates e uma derrota.

Oswaldo de Oliveira chegou ao comando do Galo na última semana de setembro do ano passado para substituir Rogério Micale. Ele teve um rendimento fraco à frente do time mineiro. Em 20 jogos, foram oito vitórias, nove empates e três derrotas. Aproveitamento de 55%. Segundo dados do Footstats, o rendimento de Oswaldo de Oliveira só não foi pior que o de Marcelo Oliveira e Micale desde 2012.

Repórter segue barrado do CT do Galo

Por meio de nota oficial, o Atlético confirmou que o jornalista Léo Gomide, da Rádio Inconfidência, que esteve envolvido no bate-boca com o treinador na última quinta-feira, segue proibido de frequentar o CT do Galo. A decisão é válida "até segunda ordem", mesmo após a demissão de Oswaldo de Oliveira.

O presidente Sérgio Sette Câmara se pronunciou sobre o caso, afirmando que houveram testemunhas do suposto xingamento proferido pelo repórter: "Ele errou naquele dia, poderia ter tido a hombridade de admitir o xingamento. Quem está testemunhando que ele xingou foi um colega de vocês. Teve gente de BH, gente da Globo, gente de Rio Branco. Ele poderia se adiantar para resolução dessa situação. Nós vamos analisar a situação dele, mas por enquanto permanece como está"

Através das redes sociais, Léo Gomide anunciou a demissão de Oswaldo de Oliveira. A postagem superou a casa dos milhares de compartilhamentos e recebeu várias mensagens de torcedores do próprio Atlético, comemorando a saída de Oswaldo e defendendo o jornalista.