O Maracanã viveu mais um Maracanazo. O Flamengo lutou, mas não conseguiu vencer o Independiente e acabou vendo os argentinos levantarem a taça da Copa Sul-Americana dentro do antigo Maior do Mundo.

 O Rubro-Negro entrou na partida mais ligado e tendo as melhores oportunidades. Acabou recompensado aos 30 minutos da primeira etapa, com gol de Lucas Paquetá. No entanto, ainda no primeiro tempo, Cuéllar cometeu pênalti infantil sobre Meza e Ezequiel Barco converteu, deixando tudo empatado. 

No segundo tempo, o jogo ficou mais truncado, Barco fez a festa pelo lado esquerdo da defesa e o Flamengo acabou não conseguindo marcar o gol do título. No fim, o empate deu ao Independiente seu segundo título de Copa Sul-Americana.

Joias marcam na primeira etapa: Paquetá abre o placar e Barco empata

A primeira boa oportunidade do Flamengo veio pela esquerda. Cuéllar fez belo lançamento para Éverton, que tentou o cruzamento e encontrou Vizeu. O centroavante desviou, mas acabou mandando para fora, sem muito perigo. Aos 10, Diego até encontrou bom passe para Arão, mas o volante deixou a bola correr demais e cruzou mal, tocando por cima do gol de Campaña. Antes dos 15, Éverton recebeu linda enfiada de bola de Felipe Vizeu e saiu livre, cara a cara com o goleiro adversário, mas acabou desperdiçando chance incrível. O Independiente respondeu com Benítez, que recebeu na entrada da área, cortou para a canhota e bateu de longe, mas mandou por cima.

Pela direita, foi a vez de Paquetá bagunçar a defesa roja e finalizar de canhota. O camisa 29 acabou chutando mascado e Campaña nem precisou trabalhar. Aos 20, os argentinos assustaram, quando Barco achou linda bola para Meza. O camisa 8 tentou finalizar, mas acabou parando em boa saída de César. Aos 25, Diego recebeu de Éverton pela esquerda. Já dentro da área, o camisa 10 tentou a finalização com a perna direita, mas a bola carimbou Amorebieta.

Aos 30, a consagração de um jovem que se tornou um dos principais nomes do elenco rubro-negro no ano. Em falha da defesa do Independiente no jogo aéreo, Réver tocou para o meio e Paquetá, na segunda trave, apareceu para completar, com o gol praticamente vazio. Mas a comemoração durou pouco. Em lance pela direita, Meza foi lançado e caiu dentro da área, tocado por trás por Cuéllar. Consultando o árbitro de vídeo, Wilmar Roldán confirmou a penalidade e, na cobrança, a maior revelação do Independiente, Ezequiel Barco, bateu com categoria para deixar tudo igual no Maracanã.

Flamengo perde chances, mostra pouca criatividade e não consegue gol do título

A segunda etapa começou com uma jogada simplesmente inacreditável de Paquetá. O garoto roubou a bola de Amorebieta no meio-campo e foi carregando o zagueiro venezuelano, que tentava fazer a falta, até a grande área. Na hora de concluir, o camisa 29 rubro-negro perdeu o equilíbrio, mas conseguiu chutar, mesmo caído, para boa defesa de Campaña. 

O Flamengo acabou salvo por Juan aos 15 minutos, quando Gigliotti roubou bola pela esquerda, ganhou de Cuéllar na velocidade e tocou por cobertura na saída de César. A redonda só não entrou porque Juan, de maneira impressionante, conseguiu tocar, com o bico da chuteira, quase em cima da linha, e jogar para escanteio. Pouco depois, Pará levantou na segunda trave e Vinicius Jr, sozinho, cabeceou por cima do gol.

A resposta rubro-negra veio em lance com um "quê" de estranho. Após cruzamento na área, Paquetá chutou mal, mas Arão desviou de cabeça e a bola, que parecia sem perigo, por muito pouco não morreu dentro do gol de Campaña. O gol para pôr o Flamengo à frente quase veio com Réver, que aproveitou cruzamento de Éverton Ribeiro, subiu mais que todo mundo, mas cabeceou sem muito contato e mandou para fora.

Aos 35, o Flamengo sofria com a criação e não conseguia conter o menino Ezequiel Barco. Pela direita, o garoto de 18 anos driblou Éverton, rolou para trás, mas a finalização de Meza saiu mascada e César pegou sem dificuldades. Já aos 43, o Independiente teve oportunidade espetacular com Gigliotti, que ganhou de Juan na disputa pelo alto e saiu cara a cara com César, mas bateu mal e acertou apenas o lado externo da rede. 

O clima fechou quando Juan parou jogada interessante do garoto Barco no meio-campo, com entrada duríssima, pela qual levou cartão amarelo. Até deu tempo para que Réver tivesse chance do tamanho do Maraca, quando Campaña saiu mal, soltou a bola, que sobrou para Réver, praticamente sem goleiro, emendar. O zagueiro acabou isolando e sacramentando o vice-campeonato rubro-negro.