O Grêmio do técnico Renato Portaluppi se aproxima de decidir o Mundial de Clubes. O Tricolor precisa passar do Pachuca na fase semifinal e depois superar o adversário da final, em que todos esperam o Real Madrid. O Grêmio tem o título mundial de 1983 a seu favor e foi vice-campeão para o Ajax em 1995. Tentando esse histórico bicampeonato, a VAVEL aponta fortes candidatos a mostrar serviço e decidir pelo Tricolor gaúcho em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

Com o coletivo em pleno funcionamento, apontado como o melhor time de futebol no Brasil em 2017, o Grêmio demonstra organização, concentração e entrosamento das peças para alcançar objetivos. Campeão da Libertadores em 2017, o Tricolor ainda chegou próximo da Copa do Brasil, quando na tentativa de reconquistá-la foi semifinalista, e do Brasileiro, quando precisou poupar jogadores em mais de 10 rodadas e, assim, acabou com o 4º lugar, mas com o que garantiria nova vaga para a próxima Libertadores.

Luan

O camisa 7 é o craque gremista. O jogador mais visado, um atleta que atrai olhares europeus desde antes das conquistas recentes. Luan tem 24 anos, é campeão olímpico, é campeão da Copa do Brasil, melhor jogador e campeão da Libertadores da América. Esteve na eleição da Conmebol para melhor jogador da América do Sul no ano.

Luan é dono de 55 gols com a camisa gremista, desde a temporada em que subiu para os profissionais em 2014. Decisivo, cheio de cartas na manga. Nele, é depositada muita esperança ao Mundial de Clubes. É o atleta que muda a forma do Grêmio jogar, é quem mais procura e chama jogo. Aciona e é acionado. Participativo, Luan é candidato a decidir porque, se não for autor de gol, muitos passes e assistências saem de suas jogadas. Portanto, o camisa 7 é o principal nome para os adversários cuidarem e para depositar esperanças aos corações gremistas em Abu Dhabi.

Lucas Barrios

Barrios comemora gol (Foto: Lucas Uebel)

Silencioso, sorrateiro. Lucas Barrios é um atacante experiente e também é decisivo. Dele foi o gol da classificação sobre o Botafogo nas quartas de final. É bem verdade que dessa fase em diante não balançou mais as redes, mas está sempre enfiado entre os zagueiros, um incômodo aos marcadores. Barrios passou longo tempo no futebol europeu com a camisa do Borussia Dortmund. Ao voltar para América do Sul, deixava claro o sonho da Libertadores da América e ela veio com o Tricolor gaúcho.

Identificado com a torcida, Barrios com certeza vai estar sedento de deixar sua marca. Aproveitador na grande área, mesmo menos participativo, mais escondido do que os colegas mais jovens, é nele que o último toque para o fundo das redes pode acontecer. Lucas Barrios também é esperança gremista nessa disputa mundial do final de 2017.

Everton

O Cebolinha é subido da base gremista. Cearense de velocidade, atacante que chega junto, sem medo de arrematar ou tentar dribles no último terço do campo, quando está próximo da meta. Foi decisivo na Copa do Brasil de 2016. Em 2017, apareceu menos, mas deixou sua marca em jogos do Campeonato Brasileiro. Mesmo na reserva, costuma ganhar oportunidade em segundo tempo. Quando Fernandinho já não tem tanto a oferecer para o Tricolor e Everton pode entrar descansado para bagunçar a zaga adversária.

Everton disputava espaço com Pedro Rocha no fim de 2016. Rocha se firmou de titular antes de sua saída para a Rússia, mas Fernandinho abocanhou a vaga no time. Aos 21 anos, a mesma idade de Renato Portaluppi, autor dos gols em 1983, quem sabe Everton não entra para história de vez no Tricolor gaúcho, ao decidir partidas do Mundial?

Edilson

Edilson após gol de falta (Foto: Lucas Uebel)

Apesar de ser um jogador defensivo, o lateral-direito Edilson tem um recurso a mais em relação aos companheiros: a cobrança de falta. A bola parada pode ser decisiva em favor do Grêmio. Com chutes potentes e bem colocados, o jogador ainda pode contar com desvios ou com falhas de arqueiros para estabelecer a diferença fundamental. Os jogos são os 90 minutos, sem ser ida e volta. Quem sabe Edilson consegue encaixar uma cobrança como a feita contra o Barcelona na semifinal da Libertadores?

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Sobre o autor
Henrique König
Escritor, interessado em Jornalismo e nas mudanças sociais que dele partem; poeta de gaveta.