A hegemonia do Rexona-Ades no voleibol feminino brasileiro continua. A equipe carioca, comandada pelo técnico Bernardinho, esteve perto de se complicar na decisão da Superliga, mas conseguiu a virada no terceiro set e derrotou o Praia Clube por 3 a 1, com parciais de 25/18, 26/28, 28/26 e 28/26, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Com a vitória na decisão, o conjunto do Rio de Janeiro venceu pela 11ª vez o torneio.

A partida começou muito fácil para o Rexona na capital federal. Com um bloqueio eficiente e Natália precisa, o time não encontrou dificuldades para fechar o primeiro set por 25 a 18. O passeio continuou no começo da parcial seguinte, o Rio de Janeiro abriu cinco pontos de frente para o adversário, mas a equipe de Uberlândia ganhou em ritmo de jogo, foi buscar, virou e venceu por 28 a 26.

Maior pontuadora desta edição da Superliga, a norte-americana Alix acordou no terceiro set e colocou dez bolas na quadra adversaria. O placar da parcial anterior foi repetido, porém, com vantagem para as comandadas do técnico Bernardinho. Empolgados por participar pela primeira vez da final, o Praia Clube foi valente e dificultou ao máximo. Entretanto, o título foi para o Rio de Janeiro com mais uma parcial 28 a 26.

A temporada 2015/2016 marcou a 12ª presença consecutiva do Rio de Janeiro na decisão da Superliga e o nono título desde que mudou a sede para a capital fluminense, sendo o quarto consecutivo. Os primeiros título do clube aconteceram em 1998 e 2000 quando defendia a cidade de Curitiba. A equipe que aparece na sequência como segundo maior campeão é o Osasco, que levantou o troféu por cinco vezes. Inclusive, os três últimos, interrompendo que o Rexona ganhasse todas em seguida.

Panorama do jogo

A experiência da equipe carioca e das suas jogadoras falaram mais alto no começo da decisão. As comandadas do técnico Bernardinho aproveitaram o nervosismo das adversárias e foram construindo a vitória no primeiro set com facilidade. A ponteira Natália confirmou a boa temporada ao marcar sete pontos na parcial inicial. Ademais, o Rexona contou com o bloqueio afiado. Justamente neste quesito, com Juciely, o time fechou por 25 a 18, em 27 minutos. 

Com cinco pontos conquistados em sequência no início do segundo tempo, o Rexona deu a impressão de que venceria facilmente o time mineiro e conquistaria sem problemas o 11° título da competição. Até pelo horário incomum em que a final foi disputada, por escolha da detentora dos direitos televisivos, o Praia Clube demorou para acordar no jogo. Ainda assim, o conjunto do Triângulo Mineiro conseguiu reagir e empatar em 9 a 9.

A norte-americana Alix sentiu a partida e a cubana Ramirez assumiu a responsabilidade e colocou o conjunto de Uberlândia na parada. O duelo na segunda parcial foi outro e os torcedores que acompanharam a final na capital federal viram um duelo muito mais equilibrado. Mesmo assim, o time do Rio de Janeiro conseguiu chegar ao set point.

Foi então que o técnico Ricardo Piccinin alterou o time. Pri Daroit entrou na equipe, marcou um ponto de ataque, outro de bloqueio e salvou dois set points. Alix assumiu a responsabilidade que dele se esperava, passou a virar as bolas e o Praia Clube fechou em 29 a 27, em uma virada espetacular.

O terceiro set teve o mesmo enredo do anterior, mas com protagonistas inversos. Desta vez foi o time mineiro que começou com tudo a parcial e abriu uma confortável vantagem de cinco pontos para o Rio de Janeiro. O ânimo mudou depois da fantástica reação em que a equipe conseguiu empatar a partida. Alix teve participação fundamental e marcou dez pontos.

O técnico Bernardinho tentou mudar a partida tempo após tempo e conseguiu colocar o Rexona na partida. Muito pelas bolas viradas pela jovem Gabi. O Rio empatou e teve a bola do set. Então, ambas as equipes passaram a trocar set point, até que a levantadora Roberta pegou no bloqueio Michelle na paralela, colocou a bola na quadra adversária, fechou em 28 a 26 e colocou o Rexona-Ades vencendo por 2 a 1 na decisão de Brasília.

Precisando vencer o quarto set para fechar a partida e conquistar mais um título na laureada história do clube, o Rexona comandou desde o princípio a parcial que se tornaria a final. O Praia Clube lutou até onde pôde e evitou alguns match points do adversário. A tradição do Rio de Janeiro e a experiência das jogadoras falaram mais alto no final e o time fechou em 28 a 26, de novo, garantindo o título.