As últimas temporadas não têm sido fáceis para Drussyla. A ponteira do Sesc RJ e da seleção brasileira teve uma fratura por estresse constatada em 2018, perdeu a maior parte da Superliga 2018-19. Devido os contratempos, a atleta tomou uma decisão junto com a comissão técnica e equipe médica do clube sobre trabalho de recuperação.

Apesar de ter atuado a pré-temporada neste ato e vestir a camisa da Seleção Brasileira para a disputa da Copa do Mundo, a atleta ainda almeja recuperar à sua antiga forma.  Durante o recesso de final do ano, o médico da equipe carioca, Ney Pecegueiro do Amaral irá colocar uma placa de sustentação na canela direita, no qual, Drussyla estará apta aos treinos em duas semanas.

“A Drussyla teve uma fratura por estresse na última temporada, iniciou tratamento, teve uma cicatrização e ficou bem. No entanto, constatamos que ficou um tecido de cicatrização no local da lesão, e isso gera um incômodo quando ela é muito exigida em treinos e jogos. Temos acompanhado sempre de perto a atleta, e é bom que fique claro que não é nada que a incapacite. Mas conversamos, todos, comissão técnica, atleta e área médica, e chegamos a conclusão que seria benéfico fazer esse procedimento no recesso de final de ano. Ela joga e treina normalmente, mas o procedimento visa deixar a atleta sem nenhum incomodo. Esperamos que ela retorne aos treinamentos em 15 dias e volte a jogar ainda em janeiro”, explicou.

Estando por dentro de todo o processo,  Drussyla acredita melhorar seu desempenho dentro de quadra. Além disso, ajudar as suas colegas.

“Optei por fazer esse procedimento para tentar voltar a jogar zerada. Será muito bom e ainda previne qualquer tipo de nova lesão no mesmo local. Confio demais no trabalho da comissão técnica e no Dr. Ney. Ele sempre me tratou como paciente mesmo, não como uma jogadora do time. Sempre vi o cuidado com que ele tratou muitas outras atletas e comigo não tem sido diferente. Vai dar tudo certo, logo estarei de volta e espero seguir ajudando o time nesta Superliga”, pontuou.

Ex-atleta e agora técnico, Bernardinho entende as escolhas da ponteira. Segundo ele, o procedimento escolhido pela jogadora é para evitar as dores e melhor o condicionamento físico.

“Sempre temos a saúde e a integridade das atletas como prioridade. No caso da Drussyla, decidiu-se pelo procedimento para que ela possa tentar ter um desempenho maior, sem eventualmente sentir nada em nenhum tipo de treinamento ou partida. A ideia é que ela deixe de sentir qualquer tipo de incômodo e possa atingir seu máximo de performance em treinos e jogos. Que possa trabalhar com bastante intensidade para crescer ainda mais, sem qualquer tipo de resquício. Decidimos utilizar esse recesso, que será maior para nós por termos adiantado algumas partidas, para dar à atleta a possibilidade de mostrar seu potencial pleno. É claro que é ótimo para o Sesc RJ contar com ela, mas existe o sonho pessoal, dela eventualmente vir a defender o Brasil nos Jogos Olímpicos. Queremos, obviamente, equilibrar isso tudo, deixá-la íntegra, confortável e com plenas condições de trabalho. Esse é nosso papel”, finalizou Bernardinho.

Drussyla colocará a tala neste sábado (21). Sendo assim, nenfrentará o Valinhos, no Tijuca Tênis Clube, às 11h, último compromisso do Sesc RJ em 2019.