E depois de falarmos da magia de Gaitán, não há como não ver a mesma magia do lado do FC Porto em Brahimi.  3 pontos fulcrais com a magia argelina à mistura garantiram aos azuis e brancos um regresso à Invicta com um sorriso no rosto e com 3 pontos no bolso e Brahimi teve muita culpa no cartório.

Vira o jogo

Se na táctica inicial da partida Brahimi parecia jogar na esquerda de Aboubakar para dar o apoio a André André, desde muito cedo se notou que o argelino primou pela classe em ir trocando de posição conforme a necessidade azul e branca.

Procurar espaços abertos e aproveitar perdas de bola por parte da equipa da casa. Esta era missão de Brahimi e a verdade é que acabou por ser bem sucedida. A defesa do Benfica não soube o que fazer relativamente às marcações e o argelino foi brincando ao toca e foge com Eliseu e Jardel ao longo de todo o primeiro tempo.

Também Renato Sanches e Samaris foram tentando marcar o portista, mas a verdade é que a falta de posição fixa por parte do argelino de nada valeu. Brahimi foi fazendo frente a todos os jogadores encarnados que se foram colocando no seu caminho.

(foto: Mais Futebol )
(foto: Mais Futebol )

Está, estava, esteve e já passou

Se há coisa que Brahimi foi fazendo ao longo da partida foi mudar de posição. Se André André precisava de apoio, era o argelino quem estava na esquerda, se Aboubakar não chegava à bola era Brahimi que lá estava para tentar o remate.

Evidência disso mesmo foi o minuto 37’ em que o extremo azul e branco teve a oportunidade para fazer o 2-1 e atirou por cima. Se há coisa que não faltou a Brahimi foi o instinto para o golo, mas em boa verdade o que faltou foi a ajuda do meio-campo para baixo.

O argelino foi procurando ao longo de todo o jogo tirar partido da sua qualidade individual em prol da equipa. E a verdade é que poucas foram as vezes em que o jogador azul e branco não colocou a bola onde quis.

Tal como Gaitán, Brahimi foi o motor da equipa de José Peseiro no que diz respeito aos lances de contra-ataque e apoio ao ponta-de-lança. No jogo da passada sexta-feira o compatriota de Islam Slimani foi perito em jogar às escondidas com a defesa vermelha e branca. Se na jogada de ataque encarnado Brahimi estava ao centro, na jogada de contra-ataque ia fugindo para a esquerda e para a direita consoante a necessidade que era pedida pelos colegas.

O consolidar do resultado e a vontade

Aos 65' o resultado ficou fechado para o FC Porto, mas nem nessa altura Brahimi descansou. O argelino foi procurando sempre mais e melhor futebol e foi aproveitando todas as desatenções da deesa encarnada para ir brincando à frente da baliza de Júlio César. 

Até ao final da partida Brahimi não só não descansou como ainda foi tentando abrilhantar a partida com as boas fintas e bons cruzamentos. Ainda assim, destaque para a mudança de atitude relativamente ao apoio à defesa na segunda parte aquando da altura de maior tentativa de empate por parte do Benfica. O argelino conseguiu atrapalhar os remates de Jardel, de Gaitán e até de Pizzi, apoiando assim Casillas na noite brilhante do espanhol.

Em resumo, apesar de não ter estado presente nos momentos mais importantes da partida, Brahimi contou com uma noite brilhante em que conseguiu ir ajudando o FC Porto e baralhando a equipa encarnada o suficiente para o ver passar..... 

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Sobre o autor
Mariana Cordeiro Ferreira
Transpiro futebol por todos os poros