Nesse sábado (3), às 16h30, Bahia e Vasco se enfrentam na Arena Fonte Nova, em partida válida pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Será o encontro do sétimo colocado da competição, o time baiano que tem 32 pontos, com o seu líder, a equipe carioca, que já conquistou 41 pontos. O duelo das duas equipes, no primeiro turno da competição, aconteceu no dia 28 de maio e terminou com a vitória do Vasco por 4 a 3, com destaque para os dois gols de Nenê.

Na última rodada, a 22ª, o Bahia visitou a equipe do Joinville e retornou de Santa Catarina com o empate de 1 a 1, com gol marcado por Edigar Junio. Já a equipe cruzmaltina foi derrotada em São Januário pelo Vila Nova por 2 a 1, com gols de Moisés e Maguinho para o clube goiano, e da promessa Douglas Luiz para os mandantes.

Bahia quer aproveitar má fase do Vasco para estender boa sequência

O time baiano não perde há quatro rodadas. Foram dois empates e duas vitórias nesse período. A equipe treinada por Guto Ferreira derrotou Avaí e Paraná por 3 a 0, enquanto empatou em 1 a 1 com Atlético-GO e Joinville. O treinador consegue ter a primeira boa sequência a frente do tricolor baiano, tendo como objetivo diante do Vasco aproveitar a má fase do rival e chegar a mais uma vitória em seus domínios.

Para a partida, Guto relacionou 22 jogadores, tendo como novidades as presenças dos atacantes João Paulo Queiroz e Marco Antônio, além dos retornos de Feijão e Tiago.

O treinador não revelou o time que começará a partida, alegando que caso divulgasse estaria dando maiores chances ao Vasco: “Tenho ideias, sim. Tenho ideias sobre vários aspectos. Não vou revelar. Num mundo globalizado, informação vale ouro. Você ceder gratuitamente para as pessoas, principalmente para o Jorginho, um cara que acompanha muito, está antenado em tudo. Então não cabe aqui a gente revelar. Temos várias ideias. Essas saídas do Allano e do Eduardo podem dar algum tipo de quebra, mas eu não costumo chorar os guerreiros que não vão poder estar na batalha. Eu tenho que exaltar os guerreiros que estarão na batalha. Toda força e toda confiança naqueles que a gente optar por colocar”.

Guto não acredita que o Vasco jogará encolhido na Fonte Nova, afirmando que isso não combina com o estilo de jogo da equipe de Jorginho. “O fato de o Vasco estar liderando, o fato de o Vasco estar com um diferencial de pontos em relação ao segundo colocado, uma gordurinha, faz com que o Vasco jogue sempre para vencer, jogue sempre para frente. É o estilo de jogo deles, uma equipe montada para isso. Não sei como seria o Vasco jogando encolhido, fugiria de suas características. Agora, isso não quer dizer que o Vasco não marca. O Vasco pressiona a bola, e a qualidade de seus jogadores faz com que eles tenham essa facilidade de manutenção de posse e velocidade de ataque”, disse o técnico.

Vasco quer voltar a vencer diante do Bahia

Enquanto o Bahia não perde há quatro rodadas, o Vasco não vence há quatro jogos. Nesses quatro jogos, o Vasco acumulou três empates, diante de Ceará, por 0 a 0, Sampaio Corrêa, em 1 a 1, e Tupi, em 2 a 2, além da derrota para o Vila Nova na última rodada. A última vitória foi contra o Criciúma, ainda em julho, por 2 a 1. Em Salvador, o time de Jorginho quer reencontrar o caminho das vitórias.

Para o confronto, o técnico contará com três grandes retornos: Nenê, Andrezinho e Marcelo Mattos. Nenê, principal jogador do clube carioca, volta após dois jogos e pode fazer parte do time titular, representando um grande ganho técnico.

Jorginho não deu entrevista pré-jogo, sendo substituído pelo lateral Júlio César, que acredita em Vasco encorpado e forte contra o Bahia. Júlio falou sobre os retornos da equipe: “São jogadores importantes. Com o Andrezinho, tenho entrosamento muito importante, ele faz falta. A gente se conhece muito bem. O Mattos é mais primeiro volante, de marcação. Nossa equipe vai muito encorpada, com entrosamento muito grande. Esse é o tipo de jogo que nossa equipe gosta de jogar, o Bahia vai se expor mais. A gente entra pressionado, com estádio cheio. O time fica mais ligado”.

O lateral negou qualquer tipo de relaxamento, que resultaria na sequência ruim, afirmando a necessidade de se trabalhar o psicológico dos jogadores. A gente se cobra muito. “Temos consciência de o que time não é de Série B, é para brigar na Série A. Não sei se houve relaxamento, é difícil, a gente ainda não detectou isso. Importante é que estamos cientes para melhorar. Conversamos isso: estávamos jogando contra o Santos na Vila Belmiro e dois dias depois enfrentamos o Tupi, num gramado ruim, jogo de muita dificuldade. Tem que trabalhar bastante o psicológico do jogador para entrar motivado”, concluiu.