Chapecoense e Independiente duelaram pela volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana 2016. Em Chapecó, na Arena Condá, após novo empate por 0 a 0 no duelo travado entre as equipes, nos pênaltis, a Chapecoense levou a melhor por 5 a 4, em quatro defesas do goleiro Danilo. Durante o jogo, a Chapecoense chegou a colocar três chutes na trave e a prorrogação do duelo para os pênaltis terminou com o time que mais procurou o gol como o vencedor.

Também nos pênaltis, o Junior de Barranquilla passou pelo Montevideo Wanderers por 4 a 3, após dois resultados de 0 a 0, e avançou para ser o adversário nas quartas de final.

Início de intensidade, mas poucas chances no decorrer

A Chapecoense iniciou com uma pressão em cruzamentos, mas sem resultados. Em resposta, o Independiente encontrou espaços para uma armação. O uruguaio Cristian Rodríguez deu o passe para Rigoni e o atacante finalizou de esquerda para grande defesa de Danilo, que espalmou para escanteio.

Aos 5 minutos, nova investida do Independiente, que encontrava espaços pelo setor de marcação de Gimenez. Vera estava sozinho na área, Danilo fechou o ângulo e dificultou o chute do atacante, que mandou para fora. Em começo de intensidade, no minuto seguinte, Tiaguinho invadiu a área, forçou a passagem, pediu o pênalti, mas foi devidamente ignorado.

Uma polêmica surgiu com o jogador Meza, que saiu com um sangramento no rosto e era impedido de voltar por pequenas manchas no uniforme. Após muita embromação, ele regressou para compor os 11 do Independiente. Nisso tudo, o jogo passou a se concentrar no meio de campo, com leve vantagem para os rojos em rondar a área. As subidas de Tagliafico eram perigosas pela esquerda de ataque dos argentinos.

A partida prosseguiu com pouca inspiração ofensiva e vantagem aos defensores nos duelos com os meias e atacantes. Aos 40 minutos, a Chape cruzou da esquerda e Ailton Canela cabeceou para bonita defesa de Campaña, na chamada ponte, sem dar rebote. Em seguida, Tiaguinho puxou contra-ataque solitário e sofreu a falta a um passo da área. Na cobrança, Dener chutou forte, mas na rede pelo lado de fora. O primeiro tempo persistiu no 0 a 0 agregado desde Avellaneda.

Chapecoense acerta trave três vezes, mas não converte

O primeiro lance da etapa final foi curioso. O jogador do Independiente chutou com força para trás e o goleiro precisou praticar uma defesa à meia altura, antes da bola pegar no chão. Os torcedores pediram a infração por recuo intencional, mas o árbitro mandou seguir. Na sequência, duas grandes chances. Ortiz carimbou o travessão pelo Independiente. Do outro lado, Kempes recebeu em liberdade, resolveu chutar de primeira e mandou à esquerda da meta, em grande desperdício.

As equipes passaram a buscar o gol para evitar as penalidades. Aos 5 minutos, Rigoni escapou da marcação, que ainda tentou lhe puxar a camisa, invadiu a área e finalizou mal, para fora. Aos 9 minutos, a Chapecoense teve a bola mais incrível dos dois jogos: Josimar tocou de cabeça no escanteio, a bola foi ao segundo pau e o zagueiro Filipe Machado acertou no travessão na hora de concluir para o gol vazio: inacreditável!

Nas jogadas de meio campo, o maior espaço era visível, mas faltava capricho no último passe pelos dois lados. Aos 16 minutos, uma falta cobrada por Cléber Santana viajou para área, enganou o adiantado Campaña e carimbou a trave mais uma vez, em jornada de azar dos alviverdes.

Aos 22 minutos, uma confusão nas arquibancadas com os argentinos resultou em cenas lamentáveis e em excessos da polícia. Os dois lados erraram e geraram um conflito com uma linha de torcedores revoltados e com policiais não conseguindo conter o tumulto. O gás de pimenta foi acionado e prejudicou também a sequência, resultando no jogo paralisado. Aos 33', a bola voltou a rolar em Chapecó.

Milito sacou Ortiz e colocou uma das válvulas do segundo tempo em Avellaneda: Ezequiel Barco, jogador de velocidade. Meza saiu para entrar Benítez e Bruno Rangel, de 33 anos, ingressou na Chape. Na primeira bola, Rangel recebeu passe preciso da direita e perdeu grande chance, mandando por cima. Aos 45 minutos, Cléber Santana bateu forte de canhota na bola e a redonda carimbou o poste pela terceira vez no jogo.

O volante Josimar sentiu a coxa direita e Gil entrou na partida. Já Sanchez Miño foi a última alternativa do técnico Milito. O jogo foi previsto até os 57 minutos. Na marca de 56', Rigoni recebeu passe preciso e, frente a frente com a saída do goleiro Danilo, chutou à esquerda da meta, com extremo perigo. Foi a última chance de gol nas oitavas e os pênaltis definiram a classificação.

Chapecoense (5) Independiente (4)
X X
X O
O O
O X
O O
X X
O O
O X

William Thiego acertou o travessão. Benítez, ingresso no segundo tempo, chutou à meia altura e Danilo defendeu, mantendo o 0 a 0. Cléber Santana, o homem das traves, chutou no meio e Campaña defendeu. Vera fez 1 a 0 ao Independiente na segunda série. A Chapecoense empatou na sequência e Danilo foi sensacional para defender sua segunda cobrança: 1 a 1 na terceira série.

Na quarta, Dener bateu firme e fez. Figal deixou tudo igual em 2 a 2. Bruno Rangel e o argentino também converteram e o jogo ficou em 3 a 3. O volante Gil perdeu, com defesa do adivinhador Campaña. Mas Danilo pegou seu terceiro na sexta cobrança do Independiente, persistindo no 3 a 3 e levando a decisão à sétima série.

Matheus Biteco e Toledo converteram: 4 a 4. Tiaguinho chutou para direita, a bola pegou na trave e entrou. Tagliafico cobrou e Danilo fez seu nome para a história: quarto pênalti defendido e Tagliafico fica eliminado com o Independiente! Chapecoense nas quartas de final para viajar à Colômbia na próxima fase.