Após dois anos no Fluminense, Rodrigo Caetano volta ao Vasco na mesma situação da sua primeira passagem pelo clube. Ele está assumindo a complicada missão de levar novamente o Gigante da Colina da série B para a série A. Porém, ele diz que a diferença deste ano para 2009 é que o dirigente teve que começar do zero e agora o time já tem uma base e que acredita que está montando um grupo competitivo.

Rodrigo, que é unanimidade em São Januário, fez um contrato de apenas um ano e sem multa por quebra de vínculo, fala que descartou todas as conversas com outros clubes quando recebeu o convite do Vasco e o que pesou foi o carinho dos torcedores vascaínos. "Era impressionante. Em qualquer lugar do Brasil que ia com o Fluminense vinha torcedor do Vasco me pedir para voltar. Não foram fatos isolados. Por isso decidi retornar ao clube pelo qual tive uma trajetória muito boa.", disse Caetano.

"Foi algo que conquistei na primeira passagem (autonomia). O próprio presidente (Dinamite) sabe a minha forma de trabalhar. Assim como as pessoas que me convidaram, o vice-presidente, o Cristiano Koehler. Todos já me conhecem, sabem do meu dinamismo nas ações. Cada clube tem a sua característica.", falou o dirigente sobre ter mais espaço no Vasco do que no Fluminense.

Já quando perguntado se teria conversado com as correntes políticas do clube, já que terá eleição no meio deste ano, ele disse: "Conversei com vários, falei com bastante gente, consultei alguns, outros me ligaram. Mas todos foram unânimes em apoiar o trabalho. Todos querem um Vasco forte, todos querem receber o clube em condições favoráveis caso sejam eleitos. Vim pela instituição, para esses tantos torcedores que pediram minha volta mesmo quando eu estava no Fluminense."

Além disso, ele afirma que uma de suas frustrações foi que não conseguiu avançar na questão da formação de jogadores como julgava ser o ideal e disse que ficou frustrado por não disputar a Libertadores.

Sobre Roberto Dinamite, ele diz que não existem arestas a serem aparadas. "Dinamite nunca esteve distante das negociações. Toda e qualquer definição sobre reforços é tomada em conjunto. Tanto na minha primeira passagem como agora. Vice-presidente de futebol, presidente, financeiro, jurídico... Todos são consultados. A obrigação do executivo é levar possíveis soluções. Erros e acertos acontecem. Acho que acertamos mais. Saí em 2011 porque já estava há três anos no clube, o ciclo tinha sido desgastante... Mas nunca precisamos aparar qualquer tipo de arestas."