Vasco alcança segundo triunfo consecutivo ao superar Atlético-PR e segue na briga para sair do Z-4

Equipe de Jorginho marca logo no início de jogo e diminui a pressão; Atleticanos se afastam do G-4 com os resultados da rodada

Vasco alcança segundo triunfo consecutivo ao superar Atlético-PR e segue na briga para sair do Z-4
Jogadores vascaínos comemoram o gol de Nenê, o segundo na vitória por 2 a 0 sobre o Furacão. (Foto: Divulgação/Vasco)
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Por Bruno Vilela

Vasco e Atlético-PR se enfrentaram neste sábado (13), no Maracanã, Rio de Janeiro, em partida válida pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. O alvinegro carioca levou a melhor com o mando e bateu o Furacão por 2 a 0, com gols de Julio Cesar e Nenê.

A equipe de São Januário vinha do fim de um incômodo jejum, que durava quase dez jogos sem vencer, mas que teve um ponto final na última rodada, diante da Ponte Preta, em Campinas.

Devido ao resultado positivo diante dos campineiros, os comandados de Jorginho demonstravam um semblante mais tranquilo. O Furacão, invicto há quatro rodadas, entre elas com uma vitória diante do Atlético-MG, em Belo Horizonte, vinha motivado na luta pelo G-4, contra Flamengo, São Paulo e Palmeiras, e acreditava em uma vitória no Maracanã.

Com o resultado, o Cruz-Maltino seguiu na lanterna, mas chegou aos 19 pontos, oito a menos que o Figueirense, o primeiro fora da zona da degola, e continua dependendo apenas de si para fugir da incômoda situação que se encontra. Já no lado Rubro-Negro, embora invicto nas últimas quatro partidas, antes de hoje, o time de Milton Mendes empatou nas duas passadas, somando então apenas dois pontos em nove possíveis.

Na próxima rodada, o Atlético-PR enfrenta o Grêmio, em um atípico encontro no Couto Pereira, casa do rival Coritiba, às 21 horas (de Brasília) de quarta-feira (16). Já o Vasco terá um confronto duríssimo contra o Cruzeiro. A partida acontecerá também na quarta-feira (16), mas às 22 horas (de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte.

Vasco marca no início da primeira etapa e dá emoção à partida

O jogo tinha contornos dramáticos pelo lado vascaíno. Embora os jejuns de gols e vitórias tenham acabado nas últimas rodadas, respectivamente contra Atlético-MG e Ponte Preta, a equipe de Jorginho ainda tinha um outro tabu para bater, que era de voltar a vencer como mandante. A última vitória na condição de anfitrião havia acontecido na longínqua 10ª rodada, diante do Avaí, em São Januário. Sabendo disso, logo ao inicio de jogo, os atletas vascaínos foram para cima, buscando abrir logo o placar e diminuir a pressão. Aos 4 minutos, em chute cruzado, Julio César, que contou ainda com a sorte do leve desvio na defesa, balançou as redes pela primeira vez.

O gol precoce acendeu a torcida. Os pouco mais de 9 mil torcedores presentes começaram a apoiar, e esse espírito se transmitiu para dentro de campo. Passados vinte minutos na primeira etapa, o Vasco seguia melhor em campo. Tendo como em poucas vezes na competição a vantagem no placar, a equipe carioca se dava ao luxo de tocar a bola, administrando a partida e o resultado, já que quem precisava sair para o jogo neste momento, era o Furacão.

A equipe de Milton Mendes mostrava suas qualidades com a bola nos pés. Principalmente com Walter, Jadson e Evandro, que notadamente possuem muitas qualidades com a posse de bola. Porém, pela primeira vez no campeonato, o Vasco era muito lúcido em suas ações. Tocava bem a bola, errava poucos passes e se defendia como nunca, falhando pouco e diminuindo os espaços, tornando as tentativas ofensivas do Rubro-Negro, frustradas.

Aos 27 minutos, em cobrança de falta de longe, o zagueiro vascaíno Rodrigo chutou forte, testando o goleiro Weverton, que muito bem no lance, espalmou a bomba. No rebote, o arqueiro cresceu na direção de Leandrão, voltando a fazer linda defesa. O “cara do jogo” na primeira etapa, Weverton voltou a aparecer minutos depois, quando, novamente dos pés de Leandrão, após linda jogada do atacante, o arqueiro foi buscar no canto, colocando para escanteio. Este era o melhor momento do Vasco na partida, já que, embora tivesse menos posse de bola, conseguia levar muito perigo ao adversário quando atacava.

A melhor oportunidade paranaense veio da cabeça do zagueiro Kadu, nos acréscimos do primeiro tempo. Após cruzamento na área, o defensor tentou o peixinho livre, na entrada da pequena área, mas não conseguiu testar a bola com firmeza, mandando-a direto para a linha de fundo, à direita de Martin Silva.

Times voltam motivados e fazem partida brigada no meio, com poucas oportunidades de gol

A expressão “lá e cá” no futebol, se refere à uma partida movimentada, com chances alternadas, dos dois lados, mantendo assim, o jogo aberto á qualquer resultado possível. Tudo isso pode ser facilmente traduzido nos 45 minutos finais de jogo.

Logo após o apito inicial, os jogadores atleticanos partiram em velocidade, para pressionar a saída de jogo vascaína. Pressionado, o zagueiro Luan precisou chutar para frente. A bola então, após disputa, saiu pela lateral, a favor do Vasco. Treinado a arremessar as cobranças de lateral no interior da área, Madson não fez diferente, causando então um toque de mão do zagueiro atleticano Kadu, que nem reclamou da marcação da penalidade. Na cobrança, Nenê abriu 2 a 0, logo no segundo minuto da etapa complementar.

O segundo gol faz com que o Atlético tenha que se expor um pouco mais, dando campo ao Vasco e permitindo à equipe carioca que possa matar o jogo. A primeira chance dos rubro-negros só acontece aos 4 minutos, quando Jadson encontra espaço e tenta de fora da área, mas a bola vai direto na rede, pelo lado de fora.

O Vasco dá a bola ao Furacão, esperando o erro da equipe Curitibana para partir no contra ataque. Todavia, acaba se abrindo também, deixando o jogo muito aberto até o fim, mas com pouquíssimas oportunidades claras de gol.

O panorama segue até o fim, quando aos 42 minutos da segunda etapa, Rafael Silva invade a área e chuta “cara a cara” com o goleiro Weverton, que cai bem e faz boa defesa, em dois tempos. No lance seguinte, o Vasco toma a bola novamente, chegando na área de defesa do Atlético mais uma vez, mas agora, os zagueiros vão bem e afastam o último lance de perigo do jogo.