Esporte Clube Juventude

Esporte Clube Juventude

Football Team
Esporte Clube Juventude

1913 Caxias do Sul, Rio Grande do Sul


O Esporte Clube Juventude é uma agremiação sediada na cidade de Caxias do Sul, no estado do Rio Grande do Sul, e foi fundada em 29 de junho de 1913. Quem torce pelo tal clube alviverde é adjetivado de jaconero ou juventudista. O Juventude pode se orgulhar de ser a primeira equipe do interior gaúcho a conquistar uma Copa do Brasil, em 1999, ao bater os cariocas do Botafogo de Futebol e Regatas na grande decisão do campeonato, conquistando o direito de disputar a Copa Libertadores da América do ano seguinte, em 2000, fato que também marca a história jaconera por ser novamente destaque do interior do Rio Grande do Sul por ser o primeiro clube a disputar a principal competição da América do Sul. De fato, quando se trata de futebol gaúcho, o Juventude é, sim, referência no interior de seu estado.

Primeiros passos

Suas primeiras conquistas foram nos anos 20, tendo perdido apenas um campeonato municipal entre 1920 e 1936. Em 1935 protagonizou o que seria o primeiro grande clássico municipal, contra o então Flamengo que décadas depois passaria a se chamar Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul, ou somente Caxias, rival até os dias atuais. Nele, triunfo jaconero por 3 a 1.

No ano de 1954, o Juventude é convidado a integrar a "divisão de honra", atual Campeonato Gaúcho, criada pela Federação Rio-grandense de desportos (atual FGF). A Quinta dos Pinheiros é reformada e ganha o nome de "Estádio Alfredo Jaconi", nome este em homenagem a um dos maiores ídolos da história do clube, falecido dois anos antes, em 1952.

Já em 1965, com um time que muitos consideram o melhor da história do clube de Caxias do Sul, que contava com o futuro Tri-campeão mundial Everaldo, o Juventude conquista o vice-campeonato estadual, o primeiro de um clube do interior após a criação daquela divisão de honra.

Ápice

Elenco jaconero levantando troféu da Copa do Brasil de 1999 (Foto: Reprodução/CBF)
Elenco jaconero levantando troféu da Copa do Brasil de 1999 (Foto: Reprodução/CBF)

Nos anos 90, aconteceu o período de pujança da equipe, que sagrou-se campeã da Série B do Campeonato Brasileiro em 1994, contra o Goiás Esporte Clube, em pleno Serra Dourada, quatro anos depois, foi a vez de conquistar o estado, tendo derrotado o consolidado Sport Club Internacional na decisão e dado a volta olímpica em pleno Beira-Rio. Fazia mais de 40 anos que o título não ficava concentrado na dupla GreNal, composta pelo próprio Internacional e pelo Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

O ano seguinte, reservava a maior glória da equipe, com a conquista do Gauchão, veio a vaga na Copa do Brasil de 1999, na estreia, uma goleada por 5 a 1 diante do Guará-DF. A seguir, viria um adversário mais qualificado, o Fluminense Football Club, apesar de perder por 3 a 1 no jogo de ida, o Esmeraldino teve uma atuação de gala e aplicou 6 a 0 jogando em casa. Na terceira fase, outro campeão nacional pelo caminho, o Sport Club Corinthians Paulista e o time Jaconero venceu os dois confrontos, 2 a 0 e 1 a 0. Nas quartas-de-final, o duelo mais difícil até então, o duplo empate em dois gols contra o Esporte Clube Bahia provocou decisão por pênaltis, que o Ju tirou de letra vencendo por 4 a 1.

Na semifinal, o Internacional de Porto Alegre estava novamente pelo caminho, outra vez o jogo decisivo era na capital e de novo deu Juventude, 0 a 0 em Caxias do Sul e 4 a 0 em Porto Alegre levaram a equipe para a decisão frente ao Botafogo de Futebol e Regatas. No primeiro jogo, Fernando Rech e Marcio Mixirica marcaram os gols na vitória por 2 a 1, na volta, um Maracanã lotado, 133 mil torcedores acompanharam o empate sem gols que deu o título ao Juventude. A conquista rendeu vaga na Copa Libertadores do ano 2000, a equipe caiu na chave da Sociedade Esportiva Palmeiras (campeão da Libertadores de 1999), El Nacional, do Equador, e The Strongest, da Bolívia. O Juventude ficou na terceira colocação e foi eliminado da competição continental.

O time voltaria a disputar competições internacionais em 2005, quando jogou a Copa Sul-Americana sendo eliminado na primeira fase pelos mineiros do Cruzeiro Esporte Clube. Grandes jogadores passaram pelo Alfredo Jaconi durante o período de permanência na Série A como Cafu, Dante, Naldo e Thiago Silva.

Atualidade

Renato Cajá comemorando hat-trick contra o Imperatriz (Foto: Reprodução/CBF)
Renato Cajá comemorando hat-trick contra o Imperatriz (Foto: Reprodução/CBF)

Dois anos após disputar a Copa Sul-americana, veio o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, desde então, a equipe transitou por todas as divisões de acesso do Brasileirão, e no Rio Grande do Sul conquistou a Copa FGF em 2011 e 2012, além disso, o Juventude é o único clube do interior gaúcho a não ser rebaixado no Campeonato Estadual. Em 2020, o time está de volta à Série B do Campeonato Brasileiro após disputar a Série C do país — a vaga à divisão superior foi conquistada após classificação sobre o Imperatriz do Maranhão.

Torcida

Ainda na década de 20, surgiu o apelido que identifica os aficcionados pelo Juventude, o termo “Papo”, era utilizado em tom pejorativo pelos adversários alegando que o Juventude falava muito mas jogava pouco, com as conquistas municipais, logo o apelido foi adotado pelos alviverdes e perdura até os dias atuais. O Juventude possui uma das maiores torcidas do interior gaúcho, que se faz presentes em jogos longe de Caxias do Sul seja por meio de caravanas ou por torcedores residentes em outros municípios. Quem visita o Alfredo Jaconi em dia de jogo, pode se deparar com duas torcidas organizadas de estilos distintos, a Mancha Verde, possui características de torcida organizada brasileira, com uniformes padronizados e bandeiras de mastro, já a Loucos da Papada, leva o ritmo sul-americano com murgas e faixas verticais ao estilo barra-brava.

Clássico Ca-Ju

O Juventude tem vantagem no principal duelo da Serra Gaúcha. Se contarmos a época em que o Caxias chamava-se Flamengo, temos 283 edições da partida, com 98 vitórias do Juventude contra 91 do rival.

Craques jaconeros

Em sua história centenária, grandes jogadores vestiram a camisa alviverde com Cafú, Thiago Silva, Dante, Naldo e Antônio Carlos Zago. No entanto, se perguntar qual a maior referência enquanto atleta para o Juventude, certamente os torcedores lembrarão de Lauro, volante que atuou por mais de 500 partidas pela equipe e esteve presente em grandes momentos do time nos anos 90 e 2000.

Títulos mais importantes

Campeão da Copa do Brasil em 1999

Campeão Brasileiro Série B em 1994

Campeão Gaúcho em 1998

Campeão da Copa FGF em 2011 e 2012

Hino do Esporte Clube Juventude

Nossas almas em festa saúdam

Esse clube de real tradição

Na mais sã alegria se escudam

Entoando esta marcha canção

Juventude, um passado de glórias

Teu nome querido tornou

És um clube de muitas vitórias

Que a cidade em orgulho deixou