Desde a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, a seleção da Nigéria integra o rol de equipes que disputam o mundial, sendo que foi apenas na edição de 2006 que a equipe não participou da competição. Este é o quinto ano que a equipe aparece, mas desta vez como uma grande promessa ou, por assim dizer, a provável surpresa. O motivo? A seleção montada e liderada pelo ex-jogador e atual treinador Stephen Keshi vem ao Brasil com um diferencial: possuir grandes talentos que integram grandes equipes do futebol mundial.

Apesar das poucas participações em Copas do Mundo, a seleção tem marcada em sua história a classificação para a fase das oitavas de final e apenas chegaram a esta posição uma única vez na "Era das Aguias Douradas". Mas apesar de, no mundial, a equipe não ter alcançado o título, em seus torneio local, a Copa Africana das Nações (CAN), os nigerianos conquistaram três títulos, inclusive, o último título conquistado por eles foi em 2013, contra a equipe de Burkina Fasso, com um lindo gol do meia-herói Sunday Mba.

Graças ao histórico marcado e a equipe dos Eagles de 1994-1998, atualmente, a equipe é conhecida no mundo todo como “Super Águias Dourados”, graças a campanha que encantou e marcou a história do mundial de 1994 e Olimpíadas de Atlanta (EUA), sendo inclusive a primeira seleção africana na história a conquistar o ouro no futebol das Olimpíadas.

Atualmente, a equipe é fisicamente forte e ofensivamente dotada de qualidade, possui bons finalizadores e volantes experientes e de qualidade indiscutível. Mikel, Musa, Moses, Ideye, Enyeama, Ambrose, são poucos dos grandes nomes desta seleção que promete incendiar as arquibancadas e gramados nesta Copa, buscando ainda conquistar um novo espaço e alcançar uma meta histórica: passar das oitavas de final da competição mundial.

Após fiasco na Copa de 2010, presidente da Federação suspende a seleção

Após a fraca campanha na Copa do Mundo de 2010, quando a Nigéria foi eliminada ainda na fase de grupos, após duas derrotas e um empate, o então presidente nigeriano, Goodluck Jonathan suspendeu a seleção de futebol por dois anos de participações em competições internacionais. Na época, Ima Niboro, assessor de comunicação explicou:

"O Senhor Presidente determinou que a Nigéria vai se ausentar de todas as competições de futebol internacionais pelos próximos dois anos, para permitir à Nigéria reorganizar seu futebol. Esta diretiva tornou-se necessária depois do fiasco, do desempenho ruim da Nigéria na atual Copa do Mundo Fifa. O problema do Futebol nigeriano é estrutural. Precisamos reorganizar as estruturas e é necessário nos retirarmos de todas as competições internacionais para colocar a nossa casa em ordem", justificou.

O caso teve grande repercussão, o que acarretou uma resposta rápida da Fifa, que ainda ameaçou a Federação Nigeriana de suspender todas as equipes se o governo não se recuasse.

"Nós não recebemos nenhuma informação da Federação de Futebol da Nigéria sobre esse caso especificamente, mas em geral, a política da Fifa quanto a intervenção política é conhecida. Nosso estatuto não permite nenhuma interferência política", afirmou a maior entidade do futebol mundial.

Após toda a polêmica envolvendo Federação, Fifa e presidente, o próprio Comitê Executivo da Federação Nigeriana resolveu destituir Goodluck e vice, a fim de evitar que a Fifa suspendesse as equipes, clubes e arbitros nacionais das competições internacionais.

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Sobre o autor
Luhana  Baldan
Comentarista esportivo, de Direito, atleta e uma apaixonada por futebol.