O meia Giacomo Bonaventura é um dos poucos pontos positivos do ano conturbado da equipe do Milan. O jogador chegou ao clube milanês vindo da Atalanta em silêncio, mas sua excelente performance na Serie A chamou a atenção em 2015.

O camisa 28 rossonero concedeu uma longa entrevista ao Premium Sport abordando diversos assuntos. Sobre sua chegada à capital italiana, onde foi disputado por Milan e Internazionale, o atleta disse: "A situação foi surreal. Eu vim para Milão para negociar com a  Inter, mas a transferência acabou não se concretizando. Esperei o dia todo e,  à noite, veio a ligação de Adriano Galliani [CEO do Milan] me convidando para atuar aqui. Foi o momento mais emocionante da minha carreira. Após tantos anos de sacrifícios, esta tem sido a minha maior gratificação. E é verdade: quando eu assinei o contrato me emocionei muito", relembrou.

Nestas duas temporadas, foram assistências e especialmente gols, que deram uma posição de destaque ao jogador, fatos que se tornam ainda mais especiais quando realizados com a camisa rossonera"Meu primeiro gol em San Siro também foi um momento incrível.a uma equipe forte como Napoli: foi uma noite inesquecível", disse.

Os rumores sobre o treinador Sinisa Mihajlovic não empolgam, mesmo depois de duas vitórias consecutivas. Porém, a fase instável do time não afeta a opinião de Bonaventura em relação ao trabalho do comandante sérvio.

"Eu tenho um bom relacionamento com ele, talvez eu nunca tive um parecido com um treinador, especialmente do ponto de vista humano. Claro, quando se trata de estimular a equipe também sabe ser duro: tem grandes qualidades  como pessoa e, a nível tático, tenta dar ao time o seu jeito de jogar. O trabalho que estamos fazendo é o correto, e acho que vai nos trazer resultados, sempre pensamos que poderíamos fazer algo mais, mas nós somos verdadeiramente unidos e vamos lutar juntos para conseguir ainda mais", afirmou.

Bonaventura também falou sobre suas características dentro de campo. "Eu sou um jogador importante. A torcida observa a atitude, a maneira de se doar a cada segundo dentro de campo, e eu sou assim, mas não faço isso para atrair a simpatia, simplesmente para ajudar a minha equipe, e não é importante para mim ser considerado um líder, não me importo em ser um exemplo para a equipe", afirmou.

Nos últimos meses, a irregularidade tem sido frequente no Milan, mas Bonaventura é otimista em relação ao futuro da equipe na temporada.

"Os últimos jogos que nós jogamos bem, enfrentando até mesmo equipes importantes. Acho que leva tempo, Mihajlovic chegou há alguns meses, os resultados estão começando a melholhar, mas não é fácil, a única coisa em que eu acredito fortemente é na vontade de lutar e melhorar, e esses recursos são caracteristícas fortes deste grupo. Estou confiante. Não é verdade que existem poucos jogadores de personalidade no grupo; aqui só há vencedores, quem jogou em grandes equipes e sabe como devemos nos comportar. Às vezes, a falta de vitórias provoca críticas relativas a qualquer aspecto: a falta de personalidade, o treinador, os dirigentes. Mas quando você ganha, você só ouve coisas boas a respeito do clube. São os resultados que mudam as opiniões e temos de nos concentrar em campo para obtê-los", finalizou.

VAVEL Logo
Sobre o autor