O Boca Juniors venceu o Bolívar por 3 a 1 na noite desta quinta-feira (7), na Bombonera, em duelo válido pela quarta rodada do grupo 3 da Copa Libertadores da América. Gago, Tévez e Carrizo marcaram para os xeneizes, enquanto Callejón descontou, de pênalti. A vitória dá ao Boca Juniors a liderança provisória do grupo, com seis pontos. O Bolívar fica em terceiro lugar, com cinco pontos.

O jogo foi completamente dominado pelo Boca. Reconhecidamente um time de pouca técnica, que consegue seus pontos com base na altitude de seu estádio, o Bolívar passou todo o jogo tendo menos de 35% da posse de bola e pouco agredindo, mesmo com contra-ataques esporádicos. O gol de pênalti foi uma exceção em meio às constantes trocas de passes por parte do Boca Juniors, que se valeu da liderança técnica de Tévez, que participou dos três gols, para conquistar sua primeira vitória na competição.

A próxima rodada da Copa Libertadores da América traz ao Boca Juniors o clássico contra o Racing, na casa do adversário, no dia 13, quarta-feira. O Bolívar visita o Deportivo Cali na quinta-feira, dia 14, lutando pela última chance de concorrer a uma vaga às oitavas de final da competição.

Boca começa lento mas conta com protagonismo de Tévez para conquistar vitória parcial

Mesmo antes do jogo, todos à volta da partida tinham total noção de que a responsabilidade de ganhar o jogo era do Boca Juniors. Tanto pela colocação no grupo, terceira posição, que não condizia com a história e a camisa do clube argentino como pela qualidade, ou falta dela, por parte dos bolivianos.

Logos aos dois minutos, Tévez pareceu querer mostrar à torcida que o time iria lutar pelo resultado o mais rápido possível. Com chute cruzado, o ex-atacante da Juventus testou o goleiro Quiñonez, que não teve dificuldades.

Com Pavón pela direita e Tévez centralizado no ataque, o Boca trocava vários passes no campo ofensivo. As tentativas do Bolívar vinham por meio de falhas de marcação do Boca quando este saía para o ataque, como aconteceu no chute de Bejarano aos oito minutos.

Aos poucos, o Boca ia se soltando na partida e conseguindo, cada vez mais, chegar perto da área do Bolívar. Aos 18, Gago arriscou chute de longe para boa defesa de Quiñones. O lance levantou a numerosa torcida dos xeneizes. Aos 25, lance mágico de Carlitos Tévez. O atacante dominou bola na direita, deu corte seco no zagueiro e no goleiro, mas a bola correu demais e bateu na trave. Com a força, ela escapou da perna esquerda de Tévez, que não conseguiu empurrar para dentro. A essa altura, a posse de bola do Boca beirava os 70%.

Quando o relógio chegava a 32 minutos, a torcida do Boca Juniors na Bombonera comemorou pela primeira vez. Tévez fez a parede dentro da grande área, escorando para Gago, que soltou a bomba no canto direito de Quiñones, que nada pode fazer, vendo o placar ser aberto pelo time de Schelloto.

Mais tranquilo na partida, o Boca administrava a posse de bola ofensiva sem muita dificuldade, dada a inefetividade da marcação do Bolívar. Tanto foi que, dez minutos depois do gol de Gago, Tévez fez grande jogada saindo do meio de campo, pela esquerda, driblando a marcação a sua frente até estar à direita do gol de Quiñones. Mal colocado, o goleiro viu o chute do atacante argentino passar a sua esquerda e levantar a torcida mais uma vez na Bombonera.

Com maior presença ofensiva, Boca anula Bolívar e faz segundo tempo tranquilo

O segundo tempo se apresentava mais monótono para o Boca Juniors, visto que o Bolívar não parecia ter nada a oferecer na partida. Caso não tivessem concentração mental, os jogadores do time argentino poderiam permitir aos bolivianos uma reação em busca do empate.

Porém, o gol prematuro de Carrizo afastou essas preocupações. Aos três do segundo tempo, Tévez e Pavón tabelaram. Pavón adentrou a grande área e tocou rasteiro, encontrando Carrizo na pequena área, que empurrou para marcar o terceiro gol dos xeneizes. Com apenas um gol na Libertadores, os três marcados pelo Boca até então deixavam a torcida em êxtase. O Bolívar tentava na ligação direta, sempre com Callejón fazendo os lançamentos, totalmente inefetivos.

Aos 17, Tévez poderia ter tido mais protagonismo no jogo. Lodeiro cruzou para o atacante, que tentou voleio, mas não conseguiu pegar em cheio na bola. O lance de refugo do Bolívar veio aos 24. Cellerino subiu para disputar de cabeça com Insaurralde e levou cotovelo no pescoço, com pênalti marcado pelo juiz. Callejón foi para a cobrança e converteu no canto direito do gol. Orión chegou a tocar na bola mas não conseguiu defender.

O quarto gol viria com Chávez, ainda aos 30 minutos, após passe de Gago. Porém, o atacante quis bater de cobertura e viu Quiñones atento para defender. Aos 31, o Bolívar assustou. Arrascaita cruzou para Callejón, que cabeceou muito mal. Com muitas alterações, o jogo já havia perdido seu ritmo quando, aos 39, Chávez perdeu gol sem goleiro após cruzamento de Carrizo. Administrando, frente a uma animada Bombonera, o Boca Juniors saiu da quarta rodada com a sensação de dever cumprido.