A história tem três versões, porém a mais completa e reconhecida é a da Fifa, pois manda no futebol mundial. A data é 20/09/1914, 102 anos atrás, mas poucos sabem o que há por trás de um dia tão memorável. Um amistoso, em Buenos Aires, marcou a primeira partida de futebol disputada entre Brasil e Argentina, com vitória "hermana" por 3 a 0.

Toda a rivalidade começou, entretanto, na época colonial, em meados de 1800, com a liderança econômica brasileira sendo ameaçada. Com a Guerra do Paraguai eclodindo, os países se juntaram, deixando todo o conflito de lado, mesmo que houvessem desacordos entre as tropas. Nas quatro linhas, os ânimos voltaram a ficar acirrados com o passar do tempo, devido ao desenvolvimento do esporte bretão.

Em 2012, novo confronto amigável, com festa dos argentinos, sendo o camisa 10 a peça-chave. Buscando se preparar para o ouro inédito na categoria na Olímpiada de Londres, conquistado apenas em 2016, os brasileiros apostavam na força de Neymar para encarar a Albiceleste nos Estados Unidos.

No dia 9 de junho, a Canarinho entrou no campo do glorioso MetLife Stadium, em Nova Jersey, comandada ainda por Mano Menezes, afim de manter o ritmo aos Jogos Olímpicos. Mesmo iniciando na pressão, a Amarelinha não conseguiu aproveitar e perdeu chances de ficar em vantagem no placar.

A insistência permaneceu e, com isso, tirou o zero do placar. Neymar bateu falta na pequena área, a defesa dormiu e Rômulo tocou para o fundo do gol. Em seguida foi a vez da jogada se inverter, com Rômulo servindo o atacante, que acabou derrubado na pequena área, todavia a arbitragem mandou seguir.

Hoje companheiros de Barcelona, Neymar e Messi protagonizaram duelo eletrizante em 2012 (Foto: Rich Schultz/Getty Images)
Hoje companheiros de Barcelona, Neymar e Messi protagonizaram duelo eletrizante em 2012 (Foto: Rich Schultz/Getty Images)

A partir daí, só deu a seleção portenha em campo e com um show de Messi. Higuaín roubou a bola de Sandro pelo círculo central e lançou em profundidade para a "Pulga", que arrematou colocado na saída de Rafael Cabral. Em sequência, o camisa 10 da Argentina recebeu de Di María, driblou o arqueiro e tocou para o gol, virando o marcador.

Na etapa final, o duelo continuou dramático e com possibilidades aos dois lados. Apesar do reinício movimentado, foram os brasileiros que deixaram tudo igual novamente. Oscar tabelou com Leandro Damião e saiu cara a cara com Romero. Com categoria, o meio-campista tocou tirando do goleiro e fez nova igualdade no marcador.

Do meio para o fim, o confronto mostrou o quanto estava eletrizante, com três gols sendo marcados em menos de 15 minutos. Superior em campo, o Brasil voltou a ficar em vantagem, quando Neymar cobrou escanteio na segunda trave, Romero cortou mal e a bola caiu livre no pé de Hulk, que apenas completou. Em novo tiro esquinado, mas em favor dos argentinos, Federico Fernández cabeceou bem e estufou o barbante.

Nos últimos instantes, Messi ainda teve fôlego para dar arrancada na direita e sair com liberdade, mandando à meta e encerrando o placar em Nova Jersey. Enquanto isso, nos acréscimos, Marcelo e Lavezzi se desentenderam e foram expulsos de campo, porém sem tirar o brilho de Messi.

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Sobre o autor
Mateus Schuler
Jornalismo e admirador do futebol. Sofre por Flyers, Jaguars, Suns e Basel, não necessariamente nessa ordem. Fã de rock e esportes em geral. Insone