Lobo solitário no futebol da Oceania, o Auckland City vive uma verdadeira hegemonia. Em 13 anos de existência, o time neozelandês vai para o seu nono Mundial de Clubes, sendo o sétimo seguido. Dessa vez, a expectativa é que os Kiwi Giants tenha um desempenho melhor que anos anteriores, já que possui jogadores mais experientes nessa temporada.

Preparado para fazer história

O Auckland City vem para a sua nona disputa de Campeonato Mundial com muita moral. O time lidera o Campeonato Neozelandês, com 16 pontos, empatado com o Team Wellington, mas com um jogo a menos. Completamente dominante em seu país, a equipe possui a melhor defesa e o melhor ataque, marcando 26 gols e sofrendo apenas seis.  

Um aspecto foi comentado por todos os jogadores e técnico da equipe. No último mundial, disputado ano passado, o time conseguiu fazer uma boa partida contra o Al-Ittihad, mas por não estar tão preparado fisicamente, os atletas cansaram e não aguentaram o ritmo, finalizando a campanha com uma eliminação logo na primeira fase. Outro fator importante é que o time não terá nenhum desfalque para a estreia contra o Al Jazira no dia 7 de dezembro.

Passeio na Oceania

Quando o sorteio da Liga dos Campeões da Oceania acontece, todos os times torcem para não enfrentarem o Auckland, pois isso seria garantia de eliminação na primeira fase, já que, pelo regulamento da competição, só o primeiro de cada grupo passa para as semifinais. Os azarados da vez foram o Western United, o Lae City Dwellers e o Malampa Revivors.

(Foto: Hagen Hopkins/Getty Images)
(Foto: Hagen Hopkins/Getty Images)

Como já era esperado, os neozelandeses passearam na fase de grupos, só tendo um pouco mais de dificuldade contra o Western, quando teve que virar a partida. Mas o jogo mais expressivo foi contra o Malampa, quando os Giants fizeram incríveis 11 a 0, com 4 gols de De Vries.

Mesmo na fase de mata-mata, quando teve que enfrentar times de maior qualidade técnica, o Auckland City confirmou seu favoritismo, passando com facilidade pelo Tafana, time da Polinésia Francesa, vencendo os dois jogos. Na final, contra seu conterrâneo Team Wellington, o agregado de 5 a 0 garantiu o eneacampeonato  continental, o sétimo em sequência.

De Vries é o nome da fera

Nascido em Cape Town, na África do Sul, De Vries fez toda sua carreira na Nova Zelândia. Com muito faro de gol, ele não só é o craque da equipe, como o principal ídolo da torcida. Isso porque, nessa temporada, o atacante foi o principal responsável pelo título continental, marcando seis gols na competição, se consagrando artilheiro.

(Foto: Michael Bradley/Getty Images)
(Foto: Michael Bradley/Getty Images)

No campeonato nacional, ele tem uma média maior que um gol por jogo, marcando 8 vezes em apenas cinco jogos que disputou. A promessa é que a disputa pela artilharia seja feita até o fim da temporada, já que o argentino Emiliano Tade, seu companheiro de time, já marcou 10. Fica a expectativa de que, se a bola chegar, os goleiros adversários terão sérias dificuldades.

Técnico e ídolo

Sem chances no seu país natal, o espanhol Ramon Tribulietx chegou em 2011 ao Auckland City para realizar seu primeiro trabalho como técnico de futebol. Na época, ele tinha apenas 38 anos, mas em sua temporada de estreia, já conseguiu ser campeão da Liga dos Campeões da Oceania. Hoje, mais experiente e com sete anos de casa, ele já coleciona seis títulos continentais, além de dois nacionais.

Foto: (Etsuo Hara/Getty Images)
Foto: (Etsuo Hara/Getty Images)

Adorado pela torcida, o estilo de jogo adotado por ele consiste no equilíbrio entre os setores, onde todos os jogadores são responsáveis por participar da parte ofensiva e defensiva. Com um 4-4-2, bem armado, ele aposta na experiência de três conterrâneos: o goleiro Zubikarai, o zagueiro Berlanga (eleito melhor jogador da Liga dos Campeões) e o volante Riera.