Toda a equipe tem a sua liderança e o seu melhor jogador, considerado a “estrela” do time. Esse, geralmente, tem uma grande identificação com a torcida do clube, já que empilha boas atuações e grandes jogadas. Quando esse atleta é formado nas categorias de base do clube, o amor que vem das arquibancadas é ainda maior. Esse é o caso de Ezequiel Barco, do Independiente, finalista da Copa Sul-Americana.

Barco faz parte de uma grande geração da Argentina, a que nasceu entre 1998 e 2000. Ao se destacar no clube de base do Independiente, o atleta foi chamado por Gabriel Milito, treinador da época, para integrar a equipe principal em junho de 2016. Sua primeira partida como profissional foi contra o Lanús, pela Copa Sul-Americana do ano passado, quando entrou no lugar de Cristian Rodríguez.

Desde então, Barco passou a figurar entre o banco de reservas e a equipe titular, sendo sempre utilizado com frequência pelo treinador Gabriel Milito. Seu primeiro gol foi contra o Godoy Cruz, em partida válida pelo Campeonato Argentino, em setembro de 2016. Ezequiel mostrava, desde então, que tinha um grande potencial e, por isso, foi convocado para o Sul-Americano Sub-20, em janeiro, assumindo a camisa 10 da Seleção Argentina.

Foto: Demian Alday/LatinContent WO

A chegada do treinador Ariel Holan apenas potencializou Ezequiel Barco, que passou a ser titular absoluto e um dos principais jogadores da equipe. Apesar de jovem, o Camisa 27 chama a atenção de todos, incluindo o Benfica, que fez uma proposta oficial pelo jogador no meio do ano, mas que fora recusada pelo time de Avellaneda.

“La Joya”, como é conhecido, pode jogar em qualquer setor do campo atrás do atacante fixo, seja pelos lados ou pelo centro do campo. Sua mobilidade e facilidade de criar espaços facilita a isso, mas sua posição preferida é jogando pelo lado esquerdo e puxando a bola para o meio, com a sua perna direita, cortando em diagonal e permitindo a criação de jogadas, mesmo não sendo considerado um jogador cerebral.

Sua velocidade e capacidade de dribles curtos o credenciam como um dos principais jogadores da América, mesmo tão jovem. A facilidade de encontrar companheiros livros pela sua criação de espaços, gerada pela intensa mobilidade, é um ponto chamativo do jogador, que já provou que não sente o tamanho da pressão da competição – exemplo disso aconteceu na semi-final, quando Barco pediu a bola e fez um gol de pênalti, abrindo o placar contra o Libertad