
Nascido na Catalunha, Xavi Hernández trilhou toda a sua carreira no Barcelona até se transferir, já no final da carreira, para o Al Sadd, do Catar, em 2015. O meia de 37 anos começou no Barça B em 1997 e de lá pra cá acumulou títulos e marcou história com a camisa azulgrana.
Mas não foi só no clube que Xavi fez história, a Seleção Espanhola também contou com o talento do meia para levantar troféus. Duas das três Eurocopas da Fúria, assim como a primeira Copa do Mundo da história do país vieram com Xavi sendo um dos principais jogadores do elenco.

Sua primeira participação foi na Copa de 2002, com apenas 22 anos, onde atuou em duas partidas da primeira fase (vitórias contra Paraguai e África do Sul) e também na inesperada derrota para a anfitriã Coreia do Sul, em um jogo com muita polêmica envolvendo a arbitragem, que terminou nas cobranças de pênaltis. Um golpe duro para aquela geração.
Em 2006, na Copa sediada pela Alemanha, a Espanha novamente começou muito bem a fase de grupos com uma goleada por 4 a 0 sobre a Ucrânia e depois uma boa vitória por 3 a 1 sobre a Tunísia. Em ambas Xavi foi titular e, a essa altura, já era o comandante da equipe dentro de campo, moldando a forma de jogar.

Pra finalizar a primeira fase, vitória pelo placar mínimo sobre a Arábia Saudita em que Xavi entrou na metade do segundo tempo. Mas nas oitavas de final um difícil encontro com a fortíssima França de Zidane, que viria ser vice-campeã daquela edição. Villa abriu o placar, mas Ribéry, Vieira e Zidane viraram para os franceses, frustrando mais uma vez o sonho espanhol.
Depois de duas tentativas, enfim o ano da consagração. Apesar de não começar bem em 2010, perdendo para a Suíça por 1 a 0, o restante da Copa da África do Sul foi da maestria demonstrada por Xavi, que dominava o meio de campo com o estilo de jogo característico espanhol.

Xavi foi o jogador que mais tentou passes (669) e o que mais acertou (599), se destacando também neste quesito. Com exceção do jogo contra Honduras, o craque atuou todos os minutos possíveis, inclusive os 120 disputados na final contra a Holanda, onde Andrés Iniesta marcou o gol do título na prorrogação. Também foi eleito pela Fifa para o Time dos Sonhos da competição.
Infelizmente, o último Mundial de um dos maiores jogadores da história não terminou da melhor forma. Xavi foi titular no primeiro jogo da Fúria na Copa realizada no Brasil e vivenciou o vexame da derrota por 5 a 1 para a Holanda. Depois não atuou nem na derrota para o Chile nem na vitória sobre a Austrália.

Muito mais do que títulos e prêmios, Xavi deixou um legado de um estilo de jogo diferenciado, com jogadas plásticas e objetivas, sempre com o intuito principal de deixar um companheiro em posição de marcar o gol. Sua capacidade de ler, entender e se adaptar ao jogo é excepcional, o tornando um dos maiores jogadores de todos os tempos.
